Pensando em diminuir o uso de produtos agrotóxicos nos alimentos e melhorar a segurança dos produtos, uma equipe da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) orientará os produtores de hortigranjeiros do Projeto Cinturão Verde Saudável, em Campo Grande, com relação a utilização adequada. Os encontros mostram a preocupação com a produção de produtos mais saudáveis.

 

A Agência está passando para a terceira fase de um programa que visa incentivar os produtores a investirem em melhorias. Nas duas primeiras fases a equipe dividiu as 109 propriedades produtoras em sete setores, aplicando questionários e fazendo o cruzamento com as informações obtidas pela Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) e Ceasa, o que resultou em um mapeamento atualizado e a classificação dos riscos, possibilitando também saber qual é o conhecimento do produtor sobre o cultivo das plantas e controle das pragas, sobre o uso de equipamentos de proteção individual, agrotóxicos, sua aplicação e período de carência, a tríplice lavagem das embalagens, a percepção do entrevistador, principais espécies cultivadas, fungicidas herbicidas, inseticidas e adjuvantes utilizados.

 

Os dados obtidos foram apresentados na última semana para equipes da Agraer, Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), representantes das Secretarias de Saúde municipal e estadual, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul (Senar/MS), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Mato Grosso do Sul (Sebrae/MS), Cooperativa Agrícola de Campo Grande (Coopgrande), Superintendência de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, Produção e Agricultura Familiar, Secretaria de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia de Campo Grande (Sedesc), Delegacia Federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário (DFDA/MS) e Coordenadoria Estadual de Vigilância da Saúde Ambiental (Cevisa).

 

Conforme Terezinha Cléa Signorini Feldens, Chefe da Divisão de Educação Sanitária da Iagro, a proposta é realizar reuniões com as revendas de insumos agrícolas para propor capacitação aos funcionários sobre a importância de informar ao produtor a forma correta do uso. Ela também sugere que sejam confeccionadas cartilhas, em conjunto com parceiros, para esclarecer direitos e deveres de quem produz, e que seja elaborado o Calendário giratório sobre o período de carência em relação aos produtos utilizados e, ainda, uma Cartilha com produtos alternativos para o combate de pragas.

 

Nas fases seguintes, 4 e 5, segundo Terezinha, após essas atividades educativas, a equipe retorna às propriedades e realiza novo levantamento investigativo para verificar se houveram ou não alterações.

 

“Para esta investigação levaremos em conta o baixo grau de instrução do público alvo, a estratégia para fiscalizar o produtor nômade, a presença tímida da assistência técnica”, completou a Chefe da Divisão de Educação Sanitária. Terezinha Feldens lembra que a previsão de conclusão dos trabalhos é março do próximo ano, e que o projeto poderá ser estendido a outros municípios.

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