Em continuidade às ações e diante dos últimos casos de raiva em Mato Grosso do Sul, três equipes que trabalham com o controle da doença na Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) realizaram nos últimos sessenta dias, atividades voltadas a prevenção e controle de ocorrência da enfermidade.

 

Segundo balanço apresentado pelo Fiscal Estadual Agropecuário, da Coordenação Estadual dos Programas, Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH) e de Prevenção e Vigilância da Encefalopatia Espongiforme Bovina (/PNEEB), Fabio Shiroma de Araujo, desde 2014 a agência havia registrado uma redução nos focos.

 

Segundo Shiroma, este ano, membros da coordenação e da equipe de Nova Alvorada do Sul realizaram ações preventivas naquele município e em Rio Brilhante, às margens do Rio Vacaria e seus afluentes, com vigilância em 21 propriedades rurais com 7 abrigos vistoriados, tendo capturados e controlados 86 morcegos hematófagos.

 

 

Já a equipe da unidade Regional de Naviraí realizou ações preventivas nos municípios de Caarapó, Juti, Naviraí, Mundo Novo e Iguatemi, com vigilância em 22 propriedades rurais com 34 abrigos vistoriados, com a captura e controle de 225 morcegos hematófagos.

 

A equipe da Regional de Três Lagoas e da Regional Nova Andradina realizaram ações de perifoco no município de Taquarussu, com vigilância em 34 propriedades rurais com 23 abrigos vistoriados. O resultado desse trabalho foi a captura e controle de 124 morcegos hematófagos.

 

E a equipe da Regional de Amambai e de Nova Alvorada do Sul realizaram ações de perifoco nos municípios de Amambai e Aral Moreira, com vigilância em 98 propriedades rurais com 21 abrigos vistoriados, tendo capturados e controlados 103 morcegos hematófagos. Em especial nesta região, um alerta já foi feito aos responsáveis de propriedades rurais próximas ao Rio Amambai e seus afluentes, através dos Sindicatos Rurais da região, pois dos 24 casos registrados 11 foram em Aral Moreira, 03 em Amambai e 02 em Coronel Sapucaia.

 

Até agosto foram relatados a morte de aproximadamente 50 animais com sinais clínicos, e os técnicos não descartam o surgimento de novos casos, até que os animais estejam protegidos pela vacina.

 

A explicação para isso é que o período de incubação é relativamente longo (tempo que o animal foi exposto ao vírus até o aparecimento dos sinais clínicos) varia em média de 45 a 60 dias, e a resposta imunológica à vacinação inicia-se em média com 7 a 10 dias. Por isso, é comum o aparecimento de animais que vieram a óbito mesmo tendo sido vacinado.

 

Além dessas ações, a coordenação do Programa de Controle da Raiva realizou intenso trabalho de esclarecimento ao conceder entrevistas a emissoras de rádios e jornais da região, e realizar palestra para 27 produtores rurais no Sindicato Rural de Amambai, tratando sobre a ocorrência da raiva na região e a ações para prevenção de novos casos.

 

A raiva

A raiva é uma enfermidade que acomete o Sistema Nervoso Central (SNC) dos mamíferos, inclusive o homem, e a letalidade é próxima a 100%.

 

No caso do produtor rural ter conhecimento de animais com sintomatologia nervosa e/ou presença de possíveis abrigos na região, a Iagro recomenda não manusear o animal e comunicar a unidade a Iagro mais próxima. Se alguém entrar em contato com animal com suspeita de raiva ou agredido por cães, gatos ou morcegos, procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência.

 

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