O mercado físico do boi gordo registrou poucas variações nos preços, mantendo a tendência de queda devido ao lento escoamento da carne bovina entre as cadeias, em meio a um cenário de sobre oferta.

Nesta terça-feira, 18 de julho, o volume de negócios no mercado físico do boi gordo registrou novamente lentidão e, a disputada para garantir uma melhor vantagem na negociação do boi gordo, faz com que Indústrias e pecuaristas tirem o pé dos negócios, sendo assim, preços continuam em queda na maior parte do país.

O analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, destacou essa pressão sobre os preços. Pelo lado da indústria, informa a S&P Global Commodity Insights, muitos frigoríficos passaram a limitar o ritmo de compra de gado gordo, reduzindo o abate diário, diante do menor fluxo no escoamento da carne bovina ao mercado doméstico. Em outras palavras, a indústria começa a reduzir o volume de animais abatidos e planeja férias coletivas em algumas plantas estratégicas.

Do lado de dentro da porteira, por sua vez, os pecuaristas estão ajustando o ritmo dos negócios para tentar evitar uma queda contínua nos preços da arroba. Entretanto, a perda na capacidade de retenção da boiada no pasto, faz com que a classe fique sem força para barganhar neste momento.

Segundo a Scot Consultoria, em São Paulo, algumas indústrias frigoríficas permanecem fora das compras, visto que as escalas de abate estão preenchidas até o final de julho e o escoamento de carne está baixo. Com isso, as cotações do boi gordo e da vaca gorda ficaram estáveis no comparativo diário. No entanto, houve recuo de R$5,00/@ no preço da novilha gorda.

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