A JBS informou no sábado, 21, que vai retomar as atividades em sete frigoríficos de bovinos em Mato Grosso do Sul. A empresa havia suspendido a operação nas unidades na última quarta-feira, 18, alegando insegurança jurídica, após ter mais de R$ 730 milhões bloqueados na Justiça a pedido da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do estado que investiga irregularidades na área tributária. As unidades retomam suas operações a partir da próxima terça-feira, 24.

 

A decisão foi tomada após reunião entre a empresa, o governo de Mato Grosso do Sul, representantes do Ministério Público, da Assembleia Legislativa, sindicatos e entidades. 

 

Segundo nota divulgada pela JBS, a discussão foi positiva e o acordo firmado “será capaz de manter as condições necessárias à preservação das suas operações em uma região tão importante para a empresa e para o país, protegendo os empregos dos 15 mil colaboradores diretos e 60 mil indiretos no estado, além de garantir as relações de negócio que a empresa mantém em Mato Grosso do Sul”.

 

Em média, a JBS abate 6 mil bovinos por dia no Estado, que detém o quarto maior rebanho do país. Segundo a CPI, a empresa não cumpriu os compromissos assumidos nos Termos de Ajustes de Regimento Especial (Tare) para o recebimento de incentivos fiscais do governo de Mato Grosso do Sul.

 

Segundo nota da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), conforme o  acertado na reunião, a empresa pode obter a liberação de valores que estavam bloqueados em troca de novas garantias, que não foram detalhadas. 

 

Para a Famasul, a retomada das atividades é fundamental para a pecuária, que passa por um momento de recuperação após vários desafios registrados em 2017. “Esclarecemos a importância de separar o que está em trâmite na Justiça, pessoa física, ou seja, os representantes do Grupo; da empresa, pessoa jurídica, responsável por 45% do abate bovino de MS”, afirmou Mauricio Saito, presidente do Sistema Famasul. 

 

“O acordo é de extrema importância porque permitirá ao setor a retomada do fluxo de comercialização, sem prejuízo aos pecuaristas, e garantirá o emprego das 15 mil famílias envolvidas diretamente com a empresa", complementou. 

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