A receita com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul registrou alta de 15% no mês de março deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, aumentando de US$ 206,4 milhões para US$ 236,9 milhões, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. Já na comparação de janeiro a março deste ano com janeiro a março do ano passado quase não há variação, pois o montante ficou em US$ 691,1 milhões nos três primeiro meses deste ano contra US$ 692,6 milhões no mesmo período de 2016.

 

Quanto ao volume exportado, na comparação dos três primeiros meses deste ano com janeiro a março do ano passado, a redução chega a 10%, diminuindo de 2.057.423 de toneladas para 1.853.722 de toneladas. Já em relação à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 44% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul, enquanto no acumulado do ano, na mesma comparação, a participação ficou em 62%.

 

Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, de janeiro a março, os principais destaques ficaram por conta dos grupos "Celulose e Papel", "Complexo Frigorífico", "Açúcar e Etanol", "Extrativo Mineral", "Couros e Peles", "Óleos Vegetais" e "Siderurgia e Metalurgia", que, somados, representaram 98% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior.

 

Desempenho

De janeiro a março de 2017 as exportações do grupo "Celulose e Papel" somaram US$ 244,5 milhões, apontando queda de 20% sobre igual período de 2016, quando as vendas atingiram US$ 304,9 milhões. "A redução observada se deu principalmente pela diminuição nas compras em importantes mercados para a celulose de Mato Grosso do Sul, com destaque para a China, Itália, Holanda, Estados Unidos e Espanha. Somados, esses países reduziram suas aquisições em 94,8 mil toneladas. Outro fator importante para o desempenho negativo foi a redução do preço médio da tonelada da celulose que passou de US$ 449,15 em 2016 para US$ 399,97 em 2017", analisou Ezequiel Resende.

 

No "Complexo Frigorífico", a receita de exportação de janeiro a março de 2017 alcançou o equivalente a US$ 226,4 milhões, um aumento de 17% sobre igual período de 2016, quando o total ficou em US$ 193,8 milhões. "O crescimento observado se deu principalmente pela expansão ocorrida nas compras realizadas pela Arábia Saudita, Hong Kong, Rússia, Israel, Emirados Árabes e Estados Unidos. Somados, esses países apresentaram aumento de US$ 45,7 milhões ou 13,1 mil toneladas. Em relação aos produtos exportados os destaques ficam por conta das carnes desossadas e congeladas de bovinos, pedaços e miudezas comestíveis congelados de frango e carnes desossadas frescas ou refrigeradas de bovinos", exemplificou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

 

Já o grupo "Açúcar e Etanol" teve receita de exportação de janeiro a março de 2017 equivalente a US$ 126,9 milhões, aumento de 135% sobre igual período do ano passado quando a receita foi de US$ 54 milhões. De acordo com Ezequiel Resende, o resultado é influenciado principalmente pelo aumento das compras realizadas pela Malásia, Bangladesh, Iraque, Egito e Estônia, que somados apresentaram incremento de US$ 74,2 milhões, e pela elevação do preço médio da tonelada do açúcar de cana, único produto do grupo com registro de vendas ao exterior no acumulado deste ano.

 

Demais grupos

No grupo "Extrativo Mineral", a receita de exportação acumulada de janeiro a março de 2017 alcançou o US$ 43,4 milhões, indicando aumento de 89% sobre o mesmo período de 2016, quando as vendas foram de US$ 22,9 milhões. "O resultado foi fortemente influenciado pela alta de 316% no preço médio da tonelada do minério de manganês. Cabe ressaltar que a participação do minério de manganês, no período analisado, representou 59,1% da receita total do grupo, contra 40,9% do minério de ferro, tornando-se o principal produto nas exportações do grupo em 2017. Em valores, o preço médio da tonelada do minério de manganês passou de US$ 46,06 para US$ 191,48", detalhou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

 

Em relação ao grupo "Óleos Vegetais" o período de janeiro a março de 2017 fechou com receita equivalente a US$ 9,6 milhões, indicando queda de 84% sobre o mesmo intervalo de 2016, quando as vendas foram de US$ 60,9 milhões. "Essa redução pode ser debitada à diminuição do volume de vendas, com decréscimo de 86% na comparação com o mesmo período. Quanto aos compradores, os principais até o momento são Holanda, com US$ 2,6 milhões ou 27,3%, Coreia do Sul, com US$ 2,1 milhões ou 22,01%, Reino Unido, com US$ 1,6 milhão ou 17%, e Indonésia, com 1,3 milhão ou 14,2%", enumerou Ezequiel Resende.

 

Encerrando, o grupo "Siderurgia e Metalurgia" fechou o período de janeiro a março de 2017 com receita equivalente a US$ 6,2 milhões, indicando aumento de 106% na comparação com o mesmo período de 2016, quando as vendas foram de US$ 3 milhões. "O crescimento foi influenciado, principalmente, pela elevação das compras feitas pela Argentina e Uruguai, que, somados, proporcionaram receita adicional de US$ 3,8 milhões. Quanto aos compradores, os principais são o Argentina com US$ 4,5 milhões ou 71,9%, Bolívia com US$ 1,3 milhão ou 20,6% e Paraguai com US$ 321,7 mil ou 5,2%", finalizou.

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