As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos) atingiram, em janeiro, 28,9 mil toneladas, conforme números levantados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O resultado é 19,1% inferior ao total obtido em janeiro de 2014, quando foram embarcadas 35,7 mil toneladas.


Com este volume, o setor obteve receita total, no primeiro mês do ano, de US$ 73,3 milhões, desempenho 19,9% inferior ao número alcançado em janeiro do ano passado, com US$ 91,5 milhões.


Maior importador de carne suína do Brasil, o mercado russo registrou queda de 8,3% nas compras em janeiro, na comparação com o mesmo período do ano passado.  Foram 10,5 mil toneladas neste ano, contra 11,4 mil toneladas em 2014.


“O inverno severo do leste europeu prejudicou os processos de exportações via portos da Rússia, o que impactou no resultado.  Neste sentido, esperamos que, a partir de fevereiro, os níveis comecem a voltar aos padrões esperados”, explica o presidente da ABPA, Francisco Turra.


Conforme destaca o vice-presidente de suínos da entidade, Rui Eduardo Saldanha Vargas, há outro fator que influenciou o saldo do mês.  “Havia a previsão sobre o cenário delicado que a economia russa enfrentaria, em especial, neste início de ano.  Cientes disto, importadores anteciparam parte das compras em dezembro”, destaca.
 

Também foi registrada queda nas vendas para Hong Kong, de 20,2%, para onde foram exportadas 7,3 mil toneladas. O mesmo ocorreu em Angola, com redução de 31,2%, com embarques de 2,7 mil toneladas.


No levantamento das quatro maiores regiões importadoras, os países da Europa extra-União Europeia totalizaram 10,8 mil importadas, desempenho 16,4% inferior ao total obtido no mesmo mês do ano passado.  Em segundo lugar, a Ásia foi responsável pelos embarques de 10,1 mil toneladas (-20,9%).  Em estabilidade, as exportações para os países das Américas totalizaram 3,4 mil toneladas.  Quarto maior importador, o continente africano foi destino de 3 mil toneladas (-30,6%).


Os cortes lideraram o ranking dos produtos exportados pelo setor, com 23,4 mil toneladas – dado 17,5% menor em relação ao mesmo período de 2014.  Já de miúdos foram embarcadas 3,6 mil toneladas (-22,9%). Preparações, com 464,4 toneladas (+2,5%) carcaça, com 363,7 toneladas (-56,1%), tripas, com 232,7 mil toneladas (-13,9%) gorduras, com 147,7 toneladas (-49,7%), couros, com 958 quilos (+101,7%), enchidos, com 740 toneladas (-9,7%) e salgados, com 185 quilos (-95,1%) completam a lista.

 

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