Dezenas de empresas de diversos ramos tiveram seus nomes citados pelos irmãos Batista, Joesley e Wesley, donos da JBS, maior produtora de proteína animal do mundo, que, praticamente, monopolizou o comércio de compra de bovinos no Mato Grosso do Sul, atuando em três governos estaduais. De acordo com as delações, foram mais de R$ 150 milhões desviados nas administrações de Zeca do PT (PT), André Puccinelli (PMDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB).

 

No documento de delação, há 16 páginas com nomes de pessoas e empresas, de serviços variados, como loja de insumos agrícolas, de informática, postos de combustível, distribuidoras de bebidas, lojas de veículos e maquinários, gráficas, consultorias ambientais, entre outras, sul-mato-grossenses que teriam emitido notas supostamente frias para a JBS.

 

Uma das maiores lojas do setor agropecuário de Campo Grande, a Agroline Comércio de Produtos Veterinários, aparece 14 vezes em uma planilha apresentada na delação. A soma das supostas notas frias chega a quase R$ 1 milhão. A empresa informa desconhecer o conteúdo citado pelos irmãos e que não emitiu nenhuma nota sem comprovação para a JBS.

 

Outra empresa campo-grandense que consta na planilha de custos divulgada é a Locatelli Distribuidora de Petróleo. São 42 notas emitidas que somam mais de R$ 2 milhões. Em contato com distribuidora, ninguém soube dizer quem poderia responder pela empresa sobre as acusações.

 

A empresa de serviços de cartografia, topografia e geodésia, de propriedade de Marcio Sales Palmeira, a Palmeira Assessoria Agrária, empresa de pequeno porte, que, de acordo com informações do Ministério da Fazenda, se enquadra no Simples Nacional, também foi citada na delação. Na planilha apresentada há duas menções com repasse total de R$ 10 mil, uma em nome da empresa e outra diretamente para o proprietário da empresa.

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