Ruralistas participaram neste sábado (7) da passeata realizada na Avenida Marcelino Pires, em protesto contra a prisão de cinco produtores rurais de Caarapó, que voltaram para a cadeia por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).

Liderados pelo presidente do SindicatoRural Lúcio Damália, diretores e filiados do sindicato se uniram a amigos e familiares dos produtores e marcharam pela principal avenida de Dourados, para pedir paz no campo, pelo direito de propriedade e para cobrar liberdade a Nelson Buanain Filho, Jesus Camacho, Virgílio Mettifogo, Dionei Guedin e Eduardo Yoshio Tomanaga.

Carregando faixas e cartazes e usando um carro de som, os produtores chamaram a atenção das pessoas que circulavam pelo centro e que estavam nas lojas do comércio douradense sobre a importância do respeito ao direito de propriedade e às leis do país. Também destacaram a força do agronegócio para a economia brasileira e pediram apoio de toda a população. Em plena avenida, cantaram o Hino Nacional.

"Não somos contra os indígenas, porque somos todos vítimas das ações do governo e dos políticos. Defendemos o nosso direito de produzir em paz, com respeito às leis do país", afirmaram os líderes do movimento.

"Os produtores estão presos injustamente por um conflito que aconteceu quando defendiam suas terras. São todas pessoas de bem. Tem tanto bandido solto e eles estão lá, precisando trabalhar, estamos na época do plantio e eles presos", afirmou o vice-presidente do Sindicato Rural de Caarapó, Carlos Eduardo Macedo, o Kaká.

Esse foi o segundo ato em protesto contra as prisões realizado nesta semana com apoio do Sindicato Rural. Na terça-feira (3), no auditório da entidade, centenas de produtores se reuniram para cobrar justiça e se manifestarem contra ações adotadas pelo MPF (Ministério Público Federal).

"Vivemos um momento delicado, de insegurança jurídica, de violação de direitos, de abuso de autoridade por parte daqueles que deveriam justamente defender o bom emprego da lei", afirma Lúcio Damália. "Não defendo a violação dos direitos de ninguém, nem de indígena, nem de quilombola, nem de sem-terra, da mesma forma que não posso aceitar que nossos direitos de produtores rurais sejam violados em nome de uma causa que não é nossa".

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