Em Brasilia Reinaldo, assume compromisso por gestão integrada na fronteira com Bolívia
Nesta manhã (5/12), em Brasília o presidente da Bolívia Evo Morales, foi recebido pelo presidente Michel Temer, por uma delegação de ministros, e também os governadores de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, Pedro Taques, Mato Grosso, de Rondônia, Confúcio Moura, e do Acre, Tião Viana.
Na reunião, eles discutiram integração energética (venda de gás e energia e construção de hidrelétricas e termoelétricas) e a instalação de um porto fronteiriço na cidade boliviana de Puerto Ustares, onde o grupo se encontrará novamente no dia 30 de janeiro de 2018. Também foram acertadas propostas comerciais e de transporte.
Mato Grosso do Sul
De acordo com o governador Reinaldo Azambuja, ficou definido nesta manhã que o Governo de Mato Grosso do Sul deverá ampliar, a partir de janeiro de 2018, a compra direta do gás natural boliviano, dos atuais 600 mil metros cúbicos/dia para dois milhões de metros cúbicos/dia, para atender a termelétrica que está sendo implantada entre os municípios de Corumbá e Ladário.
A importações de Ureia, que já vem sendo executada, deverá continuar, só que agora na modalidade de compra direta do insumo, considerado estratégico para o desenvolvimento do Estado e na atração de novos investimentos privados, será oficializada em reunião em Puerto Ustarez (Beni), no dia 30 de janeiro do próximo ano.
“Vamos firmar o memorando de entendimento, que vai ter aval do governo federal, e com isso o Estado ganha uma fonte de energia competitiva para atrair novos investimentos”, disse o governador. “O Governo do Estado repassará o gás à iniciativa privada, sem onerar os cofres públicos e gerando receita com a venda e a arrecadação (12%) do ICMS”, completou.
“O presidente Evo Morales sinalizou positivamente com a possibilidade de contratação independente do contrato da Petrobras”, informou o secretário Jaime Verruck. Ele acrescentou que o governador Reinaldo Azambuja apresentou as demandas do Estado e ficou estabelecido um cronograma de ações de curto e longo prazo. No curto prazo, a preocupação é com relação ao gás natural.
“Nossa negociação é para termos a possibilidade de fornecimento de gás natural para outras empresas e terceiros, independente do contrato com a Petrobras, que vence em 2019. No caso de Mato Grosso do Sul, queremos potencializar o gás natural, especificamente na região de Corumbá, assegurando o fornecimento de gás natural para UTE fronteira”, enfatizou Verruck.
Ainda durante o encontro, o presidente da Bolívia entregou um documento que possibilita uma gestão integrada na região de fronteira.
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