Deputado apresenta, em bloco, três projetos eficientes para controle da segurança nas escolas
“Precisamos garantir a segurança nas escolas de Mato
Grosso do Sul”. Esta afirmação do deputado João Henrique (PL) vem desde o seu
primeiro mandato, iniciado em 2019, quando apresentou dois projetos de lei -
essenciais neste setor –mas que foram arquivados por orientação do governo na
legislatura anterior.
“Me pergunto onde é que nós falhamos como sociedade
quando a gente admite cuidar mais dos cofres que guardam dinheiro no banco do
que cuidar de nossas crianças? Dinheiro é papel! Estamos protegendo mais os
símbolos do que a vida de nossas crianças. Por que um maníaco desses, um
psicopata não surta e nem invade a Casa Militar, o Comando Geral da PM de Mato
Grosso do Sul, a sede do Bope ou os clubes de tiro daqui? Onde é que a
concepção de que 24 deputados são mais importantes para a sociedade do que a
preservação da vida de nossas crianças? Onde é que a gente falhou, dentro da
Assembleia Legislativa, no mandato em 2019, quando propusemos projetos pensando
que isso pudesse acontecermas os dois projetos foram arquivados?”
Hoje (11.04), certo de que este é um investimento do
qual o Estado não pode abrir mão, o deputado protocolou e apresentou à mesa da Assembleia
Legislativa de MS três projetos que, juntos, complementam medidas que visam promover
o controle e a segurança nas escolas.
O primeiro projeto de lei apresentado refere-se à
instalação de detectores de metais nos acessos aos estabelecimentos de ensino
fundamental, médio e superior da rede pública de ensino.O ingresso de toda e qualquer
pessoa, sem exceção, em estabelecimento deensino fundamental, médio e superior
da rede pública de ensino está condicionado àpassagem por um detector de metais
e da inspeção visual de seus pertences, quandoidentificada alguma irregularidade.
O segundo projeto, reapresentado,determina a
instalação de sistema de segurança baseado em monitoramento por meio de câmeras
de vídeo nas escolas públicas estaduais, com o intuito de prevenir e apurar a
autoria de atos criminosos ou nocivos à segurança da comunidade escolar e à
preservação do patrimônio da escola. As imagens capturadas pelo sistema de
câmeras deverão ser ininterruptamente gravadas e armazenadas por período não
inferior a 180 dias.
O último projeto de lei, igualmente reapresentado,
por João Henrique quer obrigar o Estado a adquirir armas não letais para
cessão, armazenamento e utilização por funcionários das escolas, devidamente
treinados e habilitados, obedecendo à legislação vigente. As escolas deverão
mostrar o interesse por meio da reunião da Associação de Pais e Mestres (APM) e
a partir disso o Estado deverá então fornecer as armas não letais, cofre e
treinamento para manutenção dos equipamentos.
“Se estes nossos projetos tivessem sido
implementados onde aconteceu o massacre, talvez tivéssemos uma criança
levemente machucada ou nenhuma – e não 4 mortes e outras feridas gravemente”,
enfatiza João Henrique. Para o deputado, é preciso tratar deste assunto sem perfil
político de esquerda, direita ou de centro. “A gente só quer ver nossas
crianças seguras e estes bandidos só vão respeitar o dia em que tiver a força
dentro da escola para contê-los”.
O deputado reforça que esta apresentação de projetos
em bloco à Casa de Leis é na condição de integração ao Governo, às famílias, à
sociedade, à polícia, às forças de segurança, à educação. “Estes projetos são
uma forma de contenção, de prevenção e também um recado que estamos enviando à
bandidagem. Não podemos continuar com a sociedade acovardada pela
marginalidade, como ovelhas esperando o abate. E quando a gente demonstra,
estatisticamente, que a aplicação de uma política de segurança ostensiva,
inclusive armamentista – letais ou não –, quando devidamente treinadas as
pessoas serviriam para conter o dano, como por exemplo as armas de choque”.
O atual governador do Estado anunciou que vai
aumentar o número de câmeras de vídeo nas escolas, mas em 2019 o deputado João
Henrique propôs este projeto tornando obrigatório no orçamento seguinte a
colocação em todosos estabelecimentos de ensino do Estado. A julgar pelos R$ R$
17,144 milhões gastos na gestão anterior com a terceirização da segurança nas
escolas de apenas sete municípios de Mato Grosso do Sul, num único contrato,
conclui-se que orçamento para a instalação de câmeras de vídeo não deve faltar.
“É preciso eleger isso como política pública! Vamos aproveitar agora a teoria
dos múltiplos fluxos, que cria a implementação, a avaliação da segurança pública
das crianças neste momento. É o que a sociedade quer, os pais de escolas
públicas e particulares estão com medo”.
Segundo o deputado, os pais de crianças em escolas
particulares vão exigir por meio do pagamento das mensalidades, da suspensão de
matrículas que os filhos deles estejam seguros! “Mas nas escolas e creches públicas
as pessoas vulneráveis só têm como exigir de 4 em 4 anos, trocando os seus
representantes – o governador e os deputados que estão aqui”.
Ao longo do último ano, a frequência de ataques a
escolas cresceu no Brasil, com 5 ataques fatais registrados desde setembro de
2022 até abril de 2023. Considerando os casos dos últimos 12 anos, pelo menos
37 pessoas morreram em atentados em instituições brasileiras. Foram 11 atentados
realizados desde 2011 em unidades de ensino em todo o país, sendo o massacre de
Realengo (RJ) o mais fatal, com 12 mortes.
“Meu desejo é que o psicopata, o marginal, o serial
killer que adentrar uma escola saia de lá deitado igual a uma peneira, furado
ou eletrocutado, e não nossas crianças”.
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