Delação da JBS pode ser anulada e governador rebate acusação de propina
A revisão da delação premiada dos donos da JBS, os irmãos Wesley e Joesley Batista, e de Ricardo Suad e Francisco de Assis Silva, anunciada pela Procuradoria-Geral da República na tarde de ontem (4), reforça a tese de que os empresários estariam mentindo sobre o pagamento de propina para políticos de todo o país em troca de benefícios.
Os irmãos acusam o atual governo de receber mais de R$ 38 milhões para conceber incentivos fiscais de mais de R$ 1 bilhão.
Com o acordo de leniência sendo costurado, era preciso entregar as provas de todas as acusações que estavam sendo feitas contra mais de 1.200 políticos de todo o país, mas um diálogo gravado, entre Batista e Suad, há a comprovação de que eles teriam sido ajudados pelo ex-procurador Marcello Miller na elaboração da proposta de colaboração assinada com a Procuradoria.
"A palavra do delator se torna sentença condenatória e algumas pessoas têm o nome jogado na lama por causa da delação. Espero que possa (Rodrigo Janot) dar encaminhamento (à investigação) por causa do prejuízo que deram para os estados e País", disse o governador Reinaldo Azambuja.
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