No caso da laranja, com o avanço e crescimento da doença greening em São Paulo e no Paraná, estima-se uma diminuição nos pomares desses dois estados. “Identificamos que existia essa oportunidade de que essa laranja pudesse ser produzida em Mato Grosso do Sul, exatamente em função do greening. Nosso trabalho começou com um decreto de defesa vegetal, para evitar que essa doença entrasse em nosso Estado e isso já está bastante avançado. Nos próximos meses, vamos assinar um termo de acordo com a Fundecitrus, para desenvolver a cadeia produtiva da laranja em Mato Grosso do Sul”, comentou o titular da Semadesc.
Em paralelo a essas ações, o Governo do Estado iniciou contato com os investidores de São Paulo, na área da laranja, para que aproveitem essa oportunidade e se instalem em Mato Grosso do Sul. “A Cutrale já havia iniciado, há cerca de dois anos, o plantio de 145 hectares de laranja em uma propriedade rural em Sidrolândia, a fim de verificar como seria o comportamento das variedades. Agora, a previsão é de que lancemos, ainda em abril, o nosso estadual de fruticultura, com um plano de ação específico para a citricultura”, informou Jaime Verruck.
O secretário reforça que o anúncio da Cutrale “foi importantíssimo, porque nós fechamos há poucas semanas um projeto de 1 mil hectares de laranja irrigada no município de Paranaíba e temos outro iniciando em Santa Rita do Pardo. Nesse momento, nós temos a sinalização de praticamente 6,5 mil hectares de laranja plantada em Mato Grosso do Sul, em sistema irrigado. E agora, a laranja está vindo em cima de uma plataforma de defesa vegetal que estamos implantando, a fim de evitar que a gente tenha o greening em Mato Grosso do Sul”, finalizou.
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