Consumo de verduras e legumes permanece baixo no Brasil, alerta pesquisa
Menos da metade da população no Brasil, 45,5%, consome verduras e legumes cinco vezes ou mais na semana. O consumo continua baixo entre os brasileiros, apesar de ter aumentado no último ano após uma queda expressiva durante a pandemia (aumento de 15,2% entre 2022 e 2023).
As informações são do Covitel 2023 (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia).
Divulgada nesta quinta-feira (29), pesquisa ouviu 9.000 pessoas, de todas as regiões do Brasil. A coleta de dados foi feita entre os dias 2 de janeiro e 18 de abril por telefone.
A faixa etária que mais come verduras e legumes é a dos mais velhos, com 65 anos ou mais, com 45,5% consumindo na frequência semanal recomendada. Já os que menos consomem são os mais novos, de 18 a 24 — apenas 39,2% consomem com frequência.
O indicador mostra diversas desigualdades no consumo quando se considera sexo e escolaridade. As diferenças também são grandes entre Norte (36,4%) e Sul (52,6%) do país.
As mulheres consomem mais do que os homens, 51,5% e 39,1%, respectivamente. Já 57,5% das pessoas com maior escolaridade (12 anos ou mais de estudo) têm legumes e verduras na dieta na maior parte dos dias da semana, enquanto 40,9% dos menos escolarizados (0 a 8 anos de estudo) têm o hábito.
Frutas
A ingestão de frutas apresenta cenário similar. Segundo o levantamento, 41,8% dos brasileiros têm frutas na dieta cinco vezes ou mais por semana.
Nesse caso, os mais velhos — com 65 anos ou mais —, também são os que mais consomem com frequência, um índice de 62,8%. Por outro lado, os mais novos, de 18 a 24 anos, são os que menos incluem frutas na dieta, com apenas 33,5% comendo cinco vezes ou mais na semana.
No contexto, mulheres comem mais que homens: 49,6% delas ingerem com frequência, contra 33,4% deles. Entre os brancos, 47,3% têm o hábito, mais do que entre os pretos e pardos (37,9%).
O consumo regular de frutas está presente para 48,2% da população mais escolarizada, com 12 anos ou mais de estudo, e para 39,3% dos menos escolarizados, com 0 a 8 anos de estudo.
Já com relação à inclusão de refrigerantes e sucos artificiais na dieta, um marcador de alimentação não saudável, 17,8% dos brasileiros consomem cinco vezes ou mais na semana. Os jovens adultos, com idade entre 18 e 24 anos, são os maiores consumidores, com 24,3% bebendo esses produtos com frequência.
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