Os investimentos realizados pelo setor agropecuário de Mato Grosso do Sul nos últimos anos estão mostrando resultados significativos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado aumentou o número de cabeças de gado em 2,08% - a média nacional foi de 1,8% - e conta com mais de 21 milhões de animais em 2016. O levantamento foi divulgado na semana passada pela empresa de pesquisa, que coletou dados em 5.570 municípios do pais sobre criação animal e produções de leite, lã, ovos de galinha e mel. A melhor taxa registrada foi em 2013, quando o estado contava com quase 25 milhões de cabeças.

 

O Centro-Oeste detém mais de 34% do total de gado do país, que atualmente está em 218 milhões, sendo o segundo país com o maior número de cabeças do mundo. Mato Grosso do Sul possui 10% do rebanho nacional, enquanto Mato Grosso, com mais de 30 milhões de cabeças, responde por 13,9% e está na primeira colocação como o maior estado produtor.

 

Apesar do crescimento do gado de corte, o setor pecuário não tem voltado as atenções para os criadores de animais para produção de leite. No levantamento apresentado pelo Instituto, houve queda de 22,65% no número de animais no ano passado. Em relação a 2012, a redução do rebanho leiteiro chega a 51,33%. A explicação disso, segundo o coordenador de Economia e Estatística da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Daniel Frainer, pode ser a contínua redução nos preços do leite.

 

Na contramão da criação, a produção leiteira tem aumentado. Houve um crescimento de 2,97% em 2016 em relação ao ano anterior, índice que vem crescendo desde 2008 continuamente, acumulando um crescimento de 40,77%. A produtividade em 2016 chegou a 1.337 litros/vaca ordenhada/ano.

 

O IBGE mostrou também que houve uma redução no número de suínos, (-1,15%), mas há crescimento no montante de abates (6,03%), e também diminuíram em 3% tanto o rebanho quanto o volume de abate de aves.

 

Os cinco municípios sul-mato-grossenses que estão entre os maiores produtores do país são: Corumbá: 1,8 milhão; Ribas do Rio Pardo: 1,1 milhão; Aquidauana: 784 mil; Porto Murtinho: 698 mil; e Três Lagoas: 662 mil.

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