Censo Agro deve colaborar em projetos do governo para políticas públicas
Um retrato da agropecuária brasileira. É isso que o País terá em junho de 2018, quando serão divulgados os primeiros resultados do Censo Agro 2017, iniciado nesta semana.
Até fevereiro do ano que vem, 19 mil recenseadores visitarão mais de 5,3 milhões de estabelecimentos agropecuários para levantar informações sobre área, produção, características do pessoal ocupado, emprego de irrigação, uso de agrotóxicos, entre outros temas.
Além de trazer dados atualizados sobre o setor (o último censo foi realizado em 2006), o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) subsidiará o governo na hora de elaborar políticas públicas para a agricultura e a pecuária.
"O Censo é um marco histórico. Com essa nova fotografia é possível avaliar o que aconteceu nesse período de dez anos, analisar os dados e planejar o que será feito daqui para frente. É como um diagnóstico médico", explica o gerente técnico do Censo Agro, Antonio Carlos Florido.
Segundo Paulo Camuri, assessor técnico da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), os dados servirão de base para elaborar desde políticas mais simples até as mais complexas, como o Plano Safra.
"O Censo ajuda a definir as prioridades do Plano Safra, quanto de crédito que deverá ser direcionado para o setor, se esse crédito deve privilegiar e priorizar uma cultura específica, por exemplo. Isso tudo será aprimorado a partir dos dados coletados."
Com as informações do Censo, o IBGE também poderá produzir o cadastro de estabelecimentos agropecuários e do Sistema Nacional de Pesquisas Agropecuárias.
Isso permitirá criar a Pesquisa Nacional por Amostra de Estabelecimentos Agropecuários, que irá a campo, anualmente, captar dados mais específicos sobre receitas e despesas na produção, crédito e seguro rural, proteção de mananciais, conservação da fauna e flora, uso de agrotóxicos, técnicas de produção, além da situação social e familiar dos trabalhadores do campo, entre outros temas.
Coleta
A coleta de dados para o Censo Agro 2017 será inteiramente digital, por meio dos Dispositivos Móveis de Coleta (DMCs), que rodam um aplicativo inteiramente desenvolvido pela Diretoria de Informática do IBGE.
Com ele será possível mostrar a imagem do setor censitário, a posição do recenseador no terreno e os endereços dos estabelecimentos a serem recenseados.
A tecnologia também identificará novos estabelecimentos e cadastrá-los. O novo sistema vai melhorar a crítica dos dados, orientando os recenseadores durante a coleta, para que o questionário seja preenchido de forma correta.
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