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Com uma área plantada de mais de 165 mil hectares, Campo Grande possui o maior valor de Produção Agrícola Municipal entre as 26 capitais brasileiras. De 2021 para 2022, a área plantada no município de Campo Grande aumentou em 2,45% enquanto o valor da produção teve alta nominal de 9,06%. Os dados dados da PAM 2022 (Produção Agrícola Municipal) foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Muitas capitais do Brasil disputam o título de capital brasileiro do agronegócio. Muitos, inclusive, até centralizam os serviços e a produção de seus estados, de alta produção agropecuária, mas nenhuma Capital alcança tanto rendimento quanto Campo Grande. Até porque a terceira maior cidade do Centro-Oeste tem um trunfo que outras não têm: uma área total de 8.096 milhas quadradas, sendo apenas pouco menos de 400 km² ocupados, efetivamente, pela zona urbana. É esse atributo que faz da Capital das Oportunidades maior em área plantada e que tem maior produção em toneladas.

“Sabe aquela história que a gente sempre ouve que somos uma capital que mantém as ares de uma cidade do interior? É essa característica que nos dá essa vantagem. Caminhamos a passos largos para o desenvolvimento nas mais diversas áreas. No agronegócio isso nos coloca como capital com a maior produção agrícola do Brasil. Temos área para crescer e expandir, e isso é muito vantajoso, porque podemos ter um crescimento mais planejado do que outras cidades que não têm mais áreas desocupadas”, diz a prefeita de Campo Grande Adriane Lopes.

Entre os municípios de Mato Grosso do Sul, Campo Grande possui o 15º maior valor de produção de trabalhos temporários, conforme estudo divulgado pelo IBGE. Quando se trata de área plantada e produção, quem põe a cidade – ou melhor, a zona rural do município lá no alto é a soja. Conforme o IBGE, a leguminosa foi responsável por R$ 879 milhões do valor bruto da produção local, o que representa 3,55% da produção estadual. A leguminosa é de longe a que mais influencia o valor bruto da produção de Campo Grande.

Atrás da soja vem o milho, que é plantado na sequência, na famosa safrinha, com R$ 400 milhões do valor bruto da produção local, representando 2,37% da produção estadual.