Desde que foi lançada a 2ª etapa de vacinação contra a aftosa, no primeiro dia do mês de novembro, criadores de gado das três grandes regiões – Pantanal, Planalto e Fronteira – aderiram e começaram a vacinar seus rebanhos para evitar que a doença volte a contaminar o gado. A taxa ainda é pequena, corresponde somente a 1,6%, mas os pecuaristas têm até o dia 30 de novembro para aplicar a dose nos animais e o objetivo é vacinar 10 milhões de bovinos e bubalinos com até 24 meses de idade.

 

A campanha ocorre simultaneamente nos cinco estados e nos dois países que fazem fronteira com o Mato Grosso do Sul, podendo variar somente quais serão os animais vacinados. Com o passar dos anos, o Estado tem aumentado cada vez mais a cobertura vacinal do rebanho, garantindo na primeira etapa, ocorrida em maio, 99,4%, representando mais de 20 milhões de cabeças, a terceira melhor do país. A vacinação unificada nas três regiões também garante maior controle na aplicação e uma ampla proteção.

 

As datas para imunizar o rebanho foi escolhida devido a uma caracterização da pecuária do Estado. Há mais de 30 anos, os meses de maio e novembro foram escolhidos para a aplicação da proteção no gado, tendo pouca variação, normalmente ligada a idade ou as regiões. “A maior concentração de parição da vacada acontece nos meses de julho, agosto e setembro, então em novembro a gente consegue pegar a grande maioria desses animais jovens. Em maio, a gente pega esses mesmos animais que nasceram e após seis meses, é o período de desmama”, disse o fiscal estadual agropecuário, Fernando Endrigo Ramos Garcia.

 

O controle da doença no Estado garantiu que o Mato Grosso do Sul voltasse a exportar carne bovina para outros países e está a cada dia abrindo novas portas. Depois da abertura do mercado para envio de carne in natura aos Estados Unidos, os exportadores fecharam um acordo de cooperação para a ampliação do envio de carne para os países árabes.

 

“Isso demonstra que o trabalho está dando resultado, garantindo que a carne é de boa qualidade e que os produtores estão preocupados em acabar com a febre aftosa definitivamente”, ressaltou Endrigo.

 

Para o presidente Sistema Famasul, Mauricio Saito, a participação em decisões importantes para melhorar o controle da vacinação por parte do Governo do Estado e de entidades privadas tem trazido bons resultados na imunização. “Temos acima de 99% de cobertura vacinal por causa de uma postura de Estado que tem trabalhado em cima deste número. Ressalto a sensibilidade do Governo para entender a importância da equivalência de vacinação, em unificar as datas”, explica.

 

Desde 2006 Mato Grosso do Sul não registra casos da febre aftosa e em 2008 o Estado recebeu o status de zona livre da doença.

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