O fluxo de veículos entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul por meio da rodovia federal BR-163 só deverá ser normalizado dentro de, no mínimo, cinco dias. Segundo informou neste domingo o posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, este é o prazo “otimista” estipulado pela empresa responsável pelas obras de recuperação da pista, que se abriu de um lado a outro no km 46 formando uma cratera na madrugada de sexta-feira para sábado (26).

Já na manhã de sábado uma equipe da empresa, terceirizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), enviou uma equipe para averiguar a gravidade dos estragos na pista, interditada a cerca de 70 km de Rondonópolis na região conhecida como “Mineirinho”.

 

O tamanho do estrago chamou a atenção dos motoristas e imagens feitas por internautas no local correram as redes sociais mostrando a profundidade do buraco e pedaços de manilhas, soltas da terra sob o asfalto. As fotos evidenciam a fragilidade do asfalto, mas as reclamações quanto à estrutura no local já eram recorrentes. O rompimento da pista, segundo agentes da PRF, foi apenas deflagrado pelas fortes chuvas que assolam a região desde sexta-feira (25). Felizmente, não houve o registro de qualquer incidente grave provocado pelos estragos no local.

Como a equipe de obras contratada pelo Dnit só deve iniciar os trabalhos de drenagem no local a partir desta segunda-feira (28), a previsão é que o intenso fluxo de carretas entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul só seja normalizado na  BR-163 a partir do próximo fim de semana, e isso se as chuvas permitirem o andamento dos trabalhos dentro do prazo mínimo estipulado.

Desde a manhã de sábado, equipes da PRF têm orientado os motoristas que se deparam com a interdição a desistirem da rota ou a tentarem transitar entre os dois estados vizinhos utilizando a BR-364, o que demanda fazer uma volta de mais de 100 km passando pelo município de Alto Taquari, a 509 km de Cuiabá, também na região Sul de Mato Grosso.

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Obras de recuperação do trecho só começam no dia 28.
(Foto: Agora MT)

O trajeto está todo asfaltado e é o mais indicado para o grande número de veículos pesados trafegando constantemente na região. O desvio por estradas vicinais só foi indicado para veículos pequenos, uma vez que muitas delas têm trechos de chão. Mais de 20 carretas chegaram a atolar nessas estradas na manhã de sábado tentando fazer o desvio. Alguns motoristas com destino a Campo Grande-MS chegaram a tomar desvios passando por Goiás.

A rodovia estadual MT-100 não chega a ser recomendada pela PRF devido a pelo menos 23 km de trecho de chão e a pontes de madeira que podem não suportar a passagem de ônibus, carretas e demais veículos pesados.

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