Nos últimos três anos, o Mato Grosso do Sul avançou muito em diversos setores econômicos e sociais e todos os municípios foram atendidos com obras, ações ou recursos para que pudessem se desenvolver e superar a falta de verba dentro de uma crise nacional. É o que afirmou o governador do Estado, Reinaldo Azambuja, em coletiva para a imprensa.

 

Segundo o chefe do executivo estadual, o Brasil viveu um momento diferente na administração pública até o ano de 2014. Azambuja destacou que durante os 10 anos anteriores houve um crescimento das receitas de municípios, estados e federal, mais do que a inflação, possibilitando aos governos o ajuste fiscal. “Pós 2014 veio a maior crise da história do nosso País. Foi a maior recessão que o Brasil já passou na sua história. Nosso PIB [Produto Interno Bruto] nacional chegou a cair 9%, o que significa que nós encolhemos a geração de riquezas. Isso impôs a todo setor público uma série de medidas para poder fazer frente a isso”.

 

Ele também se lembrou das ações que realizou antes de tomar posse para que pudesse administrar um estado que estava com poucos recursos e uma grande estrutura. Já durante o mandato, foi necessário realizar outra medida administrativa para que fosse possível resguardar a estrutura sem comprometer os gastos e investimentos públicos. “Foi quando nós colocamos Mato Grosso do Sul com a menor estrutura administrativa entre os 27 estados do País”, explicou.

 

Essa movimentação de peças é resultado de uma estratégia consolidada e que está trazendo benefícios para o cidadão sul-mato-grossense. Entre as ações realizadas está a abertura do Portal da Transparência e da modificação no sistema de compras, o que permitiu que os órgãos de fiscalização e a população acompanhasse o quanto o Estado arrecada e o quanto investe. A realização dessas ações colocou o Mato Grosso do Sul, pelo segundo ano consecutivo, no topo do ranking de transparência.

 

Azambuja explicou ainda que está estruturando uma mudança na questão do teto de gastos dos poderes estaduais. “Não terá mais percentual de duodécimo, como nós tínhamos. Daqui para frente é valor nominal e todas as despesas dos poderes será custeada pelos poderes, inclusive, o desequilíbrio previdenciário. Então, isso já faz parte do cômputo do duodécimo”.

 

As alterações realizadas pelo governador propuseram um equilíbrio de recursos e cada instituição terá que utilizar os valores conforme a arrecadação. Essa ação valerá para os próximos 10 anos. O governo estadual só aumentará os gastos caso houver crescimento da receita ou o parâmetro do Índice de Preços ao Consumidor (IPCa), utilizado para calcular a inflação.

 

A utilização de dois parâmetros prevê que haja investimento, principalmente em áreas prioritárias, mesmo que tenha um ano de uma inflação baixa e uma receita alta. “Se a receita não crescer, a despesa só pode acompanhar o crescimento inflacionário. Se a receita crescer você pode ter um teto de até 90% do crescimento. Isso vai dar a Mato Grosso do Sul uma estabilidade muito importante”, disse Azambuja.

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