Arroba do boi gordo alcança alta histórica
Em novembro, a cotação da arroba do boi gordo alcançou um valor histórico de R$ 342,80 em algumas regiões estratégicas do Brasil, conforme levantamento da Scot Consultoria. Esse aumento reflete o aquecimento do mercado pecuário nacional, trazendo um novo fôlego à rentabilidade dos confinamentos, que se beneficiam da valorização da arroba e de uma gestão mais eficiente dos custos produtivos.
Segundo a análise da Ponta Agro, o lucro médio por animal confinado em outubro foi de R$ 1.901,23 na região Sudeste e R$ 1.643,72 na região Centro-Oeste. Esses valores representam o maior patamar de lucratividade desde 2020, quando os lucros eram de R$ 1.273,74 e R$ 1.270,33, respectivamente. O cálculo leva em consideração o custo de reposição dos animais e o custo das diárias alimentares durante o período de confinamento.
Entretanto, os custos de produção apresentam uma forte tendência de alta, o que acende um alerta para os pecuaristas. O Índice de Custo Alimentar em Confinamento (ICAP) no Centro-Oeste fechou outubro em R$ 14,90, marcando uma alta de 10% no mês. Embora no Sudeste o custo tenha permanecido estável, o preço da reposição, medido pela cotação da arroba do boi magro, alcançou R$ 308,00 no Centro-Oeste, acompanhando o movimento de alta da arroba do boi gordo.
O CEO da Ponta Agro, Paulo Dias, destacou que o atual cenário oferece uma janela de oportunidades para os produtores que investem em eficiência e tecnologia. Ele ressaltou que a valorização da arroba, combinada com uma gestão mais inteligente dos custos, permite transformar o aumento de preço em rentabilidade real. "Os pecuaristas que adotam soluções tecnológicas para otimizar o manejo e a nutrição dos animais têm maiores chances de aproveitar esse momento favorável", afirmou.
Com a expectativa de que o mercado continue aquecido até o final de 2024, a análise da Ponta Agro sugere que o controle dos custos de produção, especialmente de reposição e alimentação, será crucial para garantir uma lucratividade recorde. Para Paulo Dias, quem focar na eficiência zootécnica e na gestão de custos estará mais preparado para se manter competitivo e lucrativo, mesmo diante das oscilações do mercado.
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