Em Mato Grosso do Sul, o plantio de soja da temporada 2023/24, que começou no último sábado (16/9), deve atingir 4,2 milhões de hectares, ou 200 mil hectares a a mais. A produção deve cair 7,92% em relação ao ciclo anterior, para 13,8 milhões de toneladas, enquanto a produtividade deve ser 13,52% menor, estimada em 54 sacas por hectare. As estimativas são da Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS).

“A redução na produtividade é justificada pela média histórica do Estado, que considera a frustração de safra, causada pela severa estiagem que tivemos em 2021/22”, afirmou, em nota, André Dobashi, presidente da Aprosoja/MS.

“Apesar disso, a alta probabilidade da ocorrência do fenômeno El Niño indica um aumento no volume das chuvas. Caso isso ocorra entre os meses de janeiro e fevereiro, período de maior demanda hídrica da cultura, o produtor sul-mato-grossense pode esperar uma safra de grandes resultados", completou. 

Sobre o custo de produção, a Aprosoja prevê uma queda de 10%, saindo de R$ 6.860,08 no ciclo anterior para R$ 6.170,61 em 2023. Contudo, o custo da saca por hectare passou de 42,88 para 51,42, incremento de 20%, justificado pela queda do preço médio da saca, que saiu de 180 para R$ 120.

A entidade levantou também os números do custo de produção com a utilização de produtos biológicos. No total, o valor ficou em R$ 6.212,16, equivalente a 51,77 sacas por hectare, menos de 1% acima do custo tradicional. 

Dobashi ressaltou que a utilização de biológicos tem ganhado espaço em Mato Grosso do Sul. “Muitos produtores estão iniciando a incorporação em áreas menores, até que comprovem a eficácia”, destacou.

0 Comentários

Deixar um comentário

Não se preocupe! Seu email não sera publicado. Campos obrigatórios estão marcados com (*).