A JBS suspendeu o abate e concedeu férias coletivas na unidade de Campo Grande por 20 dias, a partir de hoje.

 

A JBS justificou o recesso pela necessidade de adaptar as unidades às obras de ampliação feitas recentemente. Segundo a assessoria de comunicação da JBS, as paradas de manutenção ocorrem normalmente e a época escolhida, que coincide com o carnaval, é um período "mais devagar" e não tem ligação com a atual "conjuntura de mercado".

 

A decisão foi criticada pelo sindicato local, que reclamou não ter sido comunicado previamente. O JBS têm passado por uma crise política, sendo alvo de investigações da Polícia Federal, mas especialistas do mercado da carne afirmam que a situação é comum, principalmente no terceiro trimestre do ano. No ano passado, a crise por falta de matriz para abate foi critica e afetou diversas plantas no Estado que chegaram a fechar às portas.

 

Só em janeiro as exportações brasileiras de carne bovina recuaram cerca de 30%. A companhia citou o anúncio, na última semana.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes, Rinaldo Salomão, a JBS comunicou a entidade da decisão das férias coletivas a uma semana e não aceitou a notificação feita pelo sindicato de que o aviso deveria ter sido feito com 15 dias de antecedência.

"Eles comunicaram apenas os funcionários, o que é ilegal e iremos tomar as medidas judiciais necessárias", disse Rinaldo.

A companhia não informou quantos animais deixarão de ser abatidos.

 

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