O relatório sobre o conflito fundiário na região do município de Antônio João, na fronteira com o Paraguai, que resultou na morte de uma pessoa, inicialmente identificado como indígena da etnia Guarani Kaiowá foi tema de conversa entre o governador Eduardo Riedel discutiu com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no final da tarde desta quarta-feira (18). 

Um relatório da inteligência produzido pelas forças de segurança de Mato Grosso do Sul será apresentado pelo governador a representantes do Governo Federal e no STF (Supremo Tribunal Federal), nesta quinta-feira (19).

O Deputado Coronel David iniciou seu discurso respondendo às críticas de deputados do PT, que condenaram a operação policial. “A PM não assassina ninguém. Nós tínhamos lá profissionais que foram requisitados pela Justiça Federal de Ponta Porã para evitar que a Fazenda Barra fosse invadida”, afirmou o deputado, rebatendo as acusações feitas contra a polícia.

Segundo o deputado, os indígenas teriam ameaçado a vida do comandante e dos fazendeiros presentes, escalando a situação para um confronto inevitável. O parlamentar também relatou que um deputado federal do PT do Paraná esteve no local incitando os indígenas a invadirem a propriedade. “E ontem foi remetido ao local um reforço da Polícia Militar do Batalhão de Choque. E hoje, às 6 horas da manhã, novamente os indígenas entraram em confronto com a PM, usando arma longa”, detalhou o parlamentar, justificando a reação da tropa policial. “A PM não sai de casa para matar ninguém, mas o PM também não sai de casa para morrer”, enfatizou.

 

O governador e o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, apresentaram à imprensa, no final da manhã desta quarta, um relato das ações que culminaram no conflito, após uma escalada da tensão na região. “Estamos empenhados em que não haja mais conflitos", frisou o governador Riedel ao presidente Lula. 

Riedel e Lula também falaram sobre as suspeitas que envolvem o narcotráfico na região, com roças de maconha localizadas do outro lado da fronteira, próximas à propriedade ocupada no Brasil, e a presença de facções criminosas que estariam aliciando pessoas dentro das comunidades indígenas.

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