A Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) traz uma novidade para o público que visita a 79ª Expogrande, no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande. Quem vai até o estande tem a oportunidade de conhecer um tecido feito de algodão colorido, produzido com matéria prima orgânica, além de diversos outros produtos oriundos de assentamentos e sítios tradicionais.

 

Entre as vantagens do algodão estão a economia de água e de energia, a preservação do meio ambiente e do cultivo da planta ser melhor em pequenas áreas. Motivado por esses benefícios, cada vez mais pequenos produtores estão aderindo a plantação.

 

“O algodão colorido é vantajoso para o agricultor familiar porque ele vale 100% a mais do que o convencional. Hoje, a pluma do algodão branco sai por R$ 4,60 o quilo, enquanto o algodão colorido é negociado a R$ 10,00. O algodão colorido tem essa característica de ser adaptar melhor ao cultivo em pequenas áreas. Daí, a necessidade do trabalho com pequenos produtores interessados em aprender as técnicas de cultivo. No assentamento Itamaraty, contamos com 15 produtores e outros 15 moram em Corumbá e São Gabriel do Oeste”, destacou o agricultor Vitor Carlos Neves.

 

A qualidade do algodão é tamanha que a cooperativa Justa Trama adquire toda a produção nacional. Ao todo são mais de 700 associados nos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Ceará e Rondônia.

 

A principal vantagem diante o algodão branco está no impacto ambiental, uma vez que suas fibras já nascem naturalmente coloridas. Atualmente, o algodão colorido é desenvolvido em cinco cores: marrom claro e escuro, vermelho claro e escuro e verde. Uma peça de roupa feita com o produto utiliza em média, apenas 10% da água gasta em uma confecção tradicional.

 

No mundo da moda, o algodão colorido vem ganhando, inclusive, as passarelas. Em maio do ano passado, o estilista brasileiro João Pimenta foi destaque por utilizar o algodão colorido, da Paraíba, na 41ª edição do São Paulo Fashion Week. Já no mercado europeu, a matéria prima brasileira tem sido exportada para França, Japão, Estados Unidos e Alemanha.

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