A concessionária de água e esgoto Águas Guariroba, que atende o município de Campo Grande, voltou a ser alvo de investigações da Polícia Federal. Durante a 5ª fase da Operação Lama Asfáltica, denominada Papiros de Lama, os investigadores encontraram irregularidades na compra de uma estação de tratamento em Dourados no valor de R$ 3,5 milhões.

 

A Polícia Federal acredita que essa movimentação foi feita para esconder pagamentos de propina para o grupo que atuava no governo durante a gestão de André Puccinelli. Para eles, empresa MB Indústria Comércio e Construções, representada por Reginaldo João Bacha, apresentou recibo de venda da estação para a Proteco Construções, do empresário João Amorim. O valor teria sido pago em 32 parcelas entre os dias 16 de janeiro de 2012 e 30 de agosto de 2012.

 

A desconfiança surgiu a partir desse ponto, já que os investigadores encontraram pagamentos com valores alternados e em dias seguidos. “Conforme tal recibo, os pagamentos foram feitos em valores de parcela sem qualquer padrão e em dias seguidos como, por exemplo, nos dias 16, 17, 18, 19, 23, 24, 25, 26, 27 e 30 de janeiro de 2012 e 2, 3, 9, 10, 13, 14, 28 e 29 de fevereiro de 2012, tratando-se de uma forma de pagamento totalmente desconforme a prática comercial, pois em regra parcelamentos são pagos uma vez por mês em valor fixo, e não em 10 dias diferentes de um mesmo mês, sem qualquer padrão de valor em comparação aos meses seguintes”, disse a Polícia Federal.

 

Durante as investigações, os policiais também não encontraram qualquer evidência de pagamento para a João Amorim, as empresas que ele controla e familiares, oriundos de Reginaldo Bacha ou da MB Indústria. A busca de movimentações com os valores mais expressivos do recibo, de R$ 340 mil, R$ 480 mil e R$ 296 mil, feitos em fevereiro de 2012, também não foi localizada.

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