Abertura da Expogrande destaca força da pecuária no país
Com a expectativa de ter um público de mais de 60 mil pessoas por dia e ser a maior edição já realizada em todos os tempos, a 79ª Expogrande teve a abertura oficial realizada nesta quinta-feira (30), no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande, com a presença do ministro de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) Blairo Maggi, do governador de Mato Grosso do Sul Reinaldo Azambuja, do prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad, senadores, deputados federais e estaduais, vereadores, produtores e agricultores.
Durante o evento, que vai até o dia 9 de abril, o público poderá participar de leilões, ver uma grande diversidade de animais expostos, divertir-se no parque de diversão, encontrar uma ampla gastronomia na praça de alimentação e presenciar os maiores nomes da música sertaneja e o principal nome da música eletrônica do Brasil atualmente. Além de conferir a prática de esportes como o Campeonato NTRMS de Ranch Sorting MS.
A novidade deste ano fica por conta dos novos espaços criados pela Acrissul. O receptivo ao lado do tatersal, a Varanda do Produtor, na cabeceira da pista de julgamento de bovinos e o novo pavilhão de ovinos juntamente com um restaurante que oferecerá cortes especiais de cordeiro. “Nós esperamos trazer uma feira inédita com todo o prestígio que estamos vendo aqui e acredito que será a melhor feira de todos os tempos”, destacou o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Jonatan Pereira Barbosa.
A feira agropecuária acontece em meio aos resquícios que ainda recaem sobre o setor e que preocupou todos os produtores, atingindo o mercado interno e o externo, da ação da Polícia Federal (PF) denominada Operação Carne Fraca. O evento, o maior do Centro-Oeste, vem corroborar a questão de que o Brasil é um dos melhores produtores de carne do mundo, atendendo as mais modernas normas de segurança alimentar desde o nascimento até o envio para o mercado consumidor.
O ministro do MAPA declarou que não esperava que a ação realizada pela PF prejudicasse tanto o Brasil no mercado internacional e no mercado interno também, já que, segundo ele, o país demorou mais de 40 anos para conquistar espaço em todo o mundo. A previsão do Ministério era de elevar a participação na produção e exportação de alimentos de 7% para 10% nos próximos meses, entretanto, com o resultado da operação e os bloqueios nos países importadores, esse crescimento precisará de uma nova alavancada. “Nas viagens internacionais, nós nem discutimos mais qualidade de carne. Nós não discutimos mais sanidade dos nossos rebanhos, é um assunto resolvido para essa comunidade. O que nós mostrávamos era que o nosso país fez coisas que muitas vezes os outros países não fizeram e que muitas vezes reclamam de nós. O Brasil possui uma das pecuárias mais sustentáveis do mundo”, destacou Maggi.
A força da agropecuária é mostrada nesta edição da Expogrande, que pretende realizar negócios com valores superiores a R$ 50 milhões. Em meio a uma economia estagnada, a pecuária e a agricultura mantiveram condições de segurar o Produto Interno Bruto brasileiro e evitar uma inflação maior e uma recessão que pudesse piorar o já grave quadro econômico nacional. “Temos a nossa importância, o quanto nós contribuímos para o desenvolvimento do país e eu não tenho dúvida que vamos sair dessa crise. Quiseram criminalizar a carne brasileira e os próprios brasileiros atacaram a melhor carne do mundo. Agora temos uma grande responsabilidade que é reestabelecer a confiança do consumidor brasileiro”, ressaltou o governador de Mato Grosso do Sul.
O prefeito de Campo Grande foi além e destacou a importância das pessoas que estão a frente dos governos para contornar essa situação e garantir produtos de qualidade na mesa do consumidor. “Todas as ações do governo são fiscalizadas, vistoriadas e atentas para que nós possamos produzir a melhor carne do Brasil e do mundo”, afirmou Trad.
A deputada federal Tereza Cristina lembrou a crise ocorrida pela febre aftosa em 2007 e destacou que após controlar o surto, o estado voltou a crescer, a qualidade da carne melhorou e não houve mais casos da doença no Mato Grosso do Sul. “Estamos aqui vivos, melhoramos, abrimos novos mercados, a aftosa acabou. Tenho certeza que com a organização dos produtores e com a equipe no Ministério, nós vamos reverter essa situação”, disse.
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