Cerca de 20 bancos brasileiros só vão emprestar dinheiro para frigoríficos e abatedouro de animais que comprovem nenhum envolvimento com o desmatamento e compra de gado ilegal de áreas da Amazônia e do Maranhão. Conforme a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a decisão vale vale para fornecedores diretos e indiretos e faz parte de um protocolo comum de autorregulação para a cadeia de carne bovina.

Assim, até o momento, 20 bancos se comprometeram a negar crédito a frigoríficos que compram gado ligado ao desmatamento, segundo norma divulgada nesta terça-feira (30). Entre as instituições financeiras participantes, estão os cinco maiores bancos do país: Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco, Santander e Caixa Econômica Federal. O tamanho da área desmatada na Amazônia durante os quatro primeiros meses de 2023 foi 36% menor que no mesmo período de 2022, segundo monitoramento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), organização que desde 1990 reúne pesquisadores que se dedicam a estudar aspectos relativos ao uso e conservação dos recursos naturais da região.

Entre janeiro e abril deste ano, a retirada parcial ou total da cobertura vegetal amazônica atingiu uma área de 1.203 km². No primeiro quadrimestre do ano passado, foram desmatados 1.884 km². Frigoríficos na mira Confira a lista de bancos que aderiram ao movimento, conforme a Febraban:

ABC Brasil

Bradesco

BTG Pactual

Citibank

Daycoval

Banco do Brasil

Banco do Estado do Pará

Banrisul

Banco do Nordeste

Banco Fibra

Banco Mercantil

Banco Original

Banco PAN

Banco Safra

Santander Brasil

Banco Toyota do Brasil

Banco Votorantim

Caixa Econômica Federal

China Construction Bank

Banco Múltiplo Itaú Unibanco

 

As novas regras, aprovadas em março, determinam que os bancos participantes da Autorregulação irão solicitar aos seus clientes frigoríficos, na Amazônia Legal e no Maranhão, a implementação de um sistema de rastreabilidade e monitoramento que permita demonstrar, até dezembro de 2025, a não aquisição de gado associado ao desmatamento ilegal de fornecedores diretos e indiretos. Este sistema deverá contemplar informações como embargos, sobreposições com áreas protegidas, identificação de polígonos de desmatamento e autorizações de supressão de vegetação, além do Cadastro Ambiental Rural (CAR) das propriedades de origem dos animais. Aspectos sociais, como a verificação do cadastro.

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