A cadeia produtiva do leite em Mato Grosso do Sul receberá um investimento de aproximadamente R$ 70 milhões, ao longo dos próximos dois anos, com a implementação do Programa Proleite MS, anunciado pelo Governo do Estado. A medida foi comemorada pelo deputado Renato Câmara (MDB) durante discurso na tribuna da Assembleia Legislativa.

Divulgação/ALEMS

Cadeia do leite em MS receberá R$ 70 milhões com novo programa estadual

Deputado Renato Câmara (MDB)

Coordenador da Frente Parlamentar do Leite na Assembleia Legislativa, Renato explicou que o Plano de Desenvolvimento do Leite é fruto de um trabalho iniciado há três anos, com a participação de produtores, técnicos e representantes do setor. “Através dessas discussões, de um tema tão importante, conseguimos com que vários encaminhamentos fossem acatados pelo Governo, que deu uma demonstração de diálogo com a Casa e parceria com o produtor e a cadeia produtiva”, afirmou.

Segundo o parlamentar, o plano visa reverter a crise vivida pelo setor, que tem levado muitos produtores a abandonar a atividade. “É complexo. Um dos pontos foi a competição desleal com muitos países. Aqui fazemos fronteira, o que permitiu a entrada de leite pela Argentina e Paraguai, e muitos não têm a devida inspeção, não recolhem impostos e chegam mais barato ao consumidor, de forma até ilegal”, alertou.

Câmara também apontou o baixo nível tecnológico como entrave ao desenvolvimento da atividade. Ele citou o exemplo de Goiás, que superou esse desafio e se consolidou como grande produtor nacional. “Nas nossas discussões tivemos a oportunidade de conhecer um pouco do que fez Goiás. E uma das questões que eles resolveram foi essa”, disse.

O deputado destacou ainda os pilares do novo programa, que incluem melhoramento genético, apoio às indústrias, assistência técnica e estímulo à produção de qualidade. “Além do programa genético, teremos também apoio à indústria, para que tenha condições de pagar melhores preços. O produtor terá uma escala de benefícios: quem produz mais de 100 litros por dia e mantém a qualidade adequada será melhor remunerado”, explicou.

Ao encerrar, o parlamentar enfatizou o impacto direto da medida sobre pequenos e médios produtores.

“O leite é o pão de cada dia do pequeno e médio, que todo dia tem uma renda, que não depende do ciclo produtivo. Com isso, ele permanece no campo e também gera riqueza para o Estado”, concluiu.


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