Com o cenário de baixa oferta de animais e início de mês a expectativa é de continuidade na valorização dos preços da arroba do boi gordo nos próximos dias;


Confira as cotações nas principais praças pecuárias. 

 

O mercado físico do boi gordo começou a semana com preços em alta em importantes regiões pecuárias do país. Para as principais consultorias que acompanham o mercado diariamente, esse movimento consistente de valorização da matéria-prima no campo, vêm refletindo a restrição de oferta de animais prontos para o abate. 

 

Com isso, ressaltam elas, esse cenário continua dificultando o avanço das escalas de abate, mesmo com a recente elevação dos preços. A demanda interna e externa pela carne bovina permanece robusta, com as exportações de carne caminhando para um recorde histórico.

 

De acordo com o analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, “a demanda doméstica também apresenta sinais de aquecimento, com a taxa de ocupação em níveis historicamente elevados”.

O mercado atacadista segue com firmeza nos preços e a expectativa é de continuidade na alta ao longo da primeira quinzena do mês. Isso se deve, em parte, à dificuldade das indústrias em adquirir boiadas, o que mantém os estoques apertados. “A entrada dos salários também incentiva a reposição ao longo da cadeia produtiva”, acrescenta Iglesias. 

 

Entre os valores de referência, o quarto traseiro está sendo comercializado a R$ 19,90 por quilo, enquanto a ponta de agulha e o quarto dianteiro são cotados a R$ 15,00 e R$ 15,15, respectivamente.

 

O mês de setembro se manteve em alta para o boi gordo. Na última sexta-feira, dia 27, o preço médio da arroba alcançou R$ 255,61, uma elevação de 1,76%, segundo a consultoria Agrifatto. O destaque foi Tocantins, onde a arroba foi negociada a R$ 244,49, marcando um recorde desde abril de 2023. 

 

A consultoria Markestrat, com base em dados do Indicador do Boi Gordo Cepea/B3, apontou uma alta acumulada de 14,43% no mês, com o preço da arroba chegando a R$ 274,35 no mercado físico. Enquanto isso, os contratos futuros também subiram, com o vencimento de setembro fechando a R$ 268,45, uma valorização de 1,88%.

As escalas de abate continuaram curtas, com uma média de 7 dias úteis, o que sustenta a elevação nos preços. “A expectativa para esta semana é de continuidade na valorização, pois a falta de chuvas segue impactando a oferta de animais”, afirma José Carlos de Lima Júnior, da Markestrat.

O boi-China – animal jovem abatido com até 30 meses de idade, que apresenta uma leve vantagem sobre o boi comum, manteve-se em R$ 280/@, mas com negociações pontuais acima dessa referência sendo apontadas pelos pecuaristas. Enquanto isso, as fêmeas continuam com preços estáveis: R$ 245/@ para a vaca gorda e R$ 255/@ para a novilha.

Preços médios da arroba do boi gordo pelas principais praças pecuárias do país 


São Paulo: R$ 275,00 a R$ 280,00 (preço ä prazo) 

Goiás: R$ 264,00 

Minas Gerais: R$ 271,00 

Mato Grosso do Sul: R$ 275,00 

Mato Grosso: R$ 237,00 


Bezerro segue valorizado A valorização não se limitou ao boi gordo. O bezerro também registrou uma alta de 1,40% na semana, com o preço médio atingindo R$ 2.138/cabeça, de acordo com o indicador Cepea/MS. A alta de insumos, como o farelo de soja e o milho, também contribuiu para esse movimento, fechando a semana a R$ 2.132/tonelada e R$ 63,34/saca, respectivamente.

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