O retorno das chuvas na primeira quinzena de outubro provocou uma corrida dos agricultores para semear a próxima safra de soja. A área plantada até a terceira semana de outubro já superava 30% do total e o ritmo do plantio estava 10,1 pontos percentuais maior que o verificado no mesmo período do ano passado, sendo ainda superior ao das últimas cinco safras.

Os dados estão no Boletim do Projeto Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), coordenado pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) em parceria com a Aprosoja/MS (Associação de Produtores de Soja de MS).

Mato Grosso do Sul deve plantar 4.501 milhões de hectares de soja nessa safra, aumento de 6,8% em relação à área ocupada com a cultivar na safra passada. Desse total, já haviam sido plantados 1.440 milhões de hectares até a terceira semana de outubro.

O plantio está mais adiantado na região Sul, com média de 39,7%, enquanto a região Centro está com 20,7% e a região Norte com 17,2% de média. No geral, os técnicos do Projeto Siga-MS avaliam que 94,7% das lavouras são consideradas com boas condições para o plantio, sendo que a região Sul apresenta a maior área – 20% – de lavouras em condições ruins.

A expectativa é de que os agricultores colham 51,7 sacas de soja por hectare, em média, o que resultará numa produção total beirando 14 milhões de toneladas. Os técnicos do Siga-MS acreditam que, com base nos registros dos últimos cinco anos, a maior parte da área da soja seja semeada entre os meses de outubro e novembro.

Embora tenha voltado a chover com frequência, dados do Cemtec/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), órgão também vinculado à Semadesc, aponta que o índice de chuvas na primeira quinzena de outubro ficou abaixo da média histórica em todos os municípios.  João Prestes

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