A Comissão Europeia disse na ultima semana que o Brasil concordou em elevar os testes de segurança realizados sobre suas exportações de carne, ressaltando a decisão dos Estados Unidos de banir compras de carne fresca do país. Os EUA suspenderam todas importações de carne fresca do Brasil na quinta-feira devido a "recorrentes preocupações sobre a segurança dos alimentos destinados ao mercado norte-americano." 

 

Uma auditoria da UE conduzida em maio identificou "falhas sistemáticas" no Brasil, particularmente em carne de cavalo e de frango, bem como nas preparações e nos produtos de carne. Remessas do Brasil foram rejeitadas pela UE por várias razões, incluindo a presença de salmonelas na carne de aves e STEC (E. Coli, produtor de toxina Shiga) em carne bovina. 

 

A UE pediu ao Brasil que implemente medidas adicionais em 7 de junho, e recebeu uma resposta na segunda-feira, em que o Ministério de Agricultura brasileiro concordou em colocar as medidas em prática. Uma nova auditoria será realizada ao final de 2017 para avaliar a efetividade das medidas. 

 

"Caso o Brasil falhe em tal implementação, a Comissão poderá ter que tomar medidas adicionais para proteger a saúde dos consumidores da UE", disse um porta-voz. O ministro da Agricultura do Brasil, Blairo Maggi, vai viajar para os Estados Unidos nesta sexta-feira para lutar contra a proibição das importações, que atinge partes dos processadores de carnes locais e revive preocupações com a imagem do maior exportador do mundo.

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