Com o objetivo de promover o fortalecimento da agropecuária por meio de práticas sustentáveis, a Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, apoia a implantação do sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) em propriedades rurais de médio e pequeno porte da região leste de Mato Grosso do Sul. A iniciativa faz parte do Projeto Rural Sustentável – Cerrado, executado pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS), que prevê também a implantação de sistema de Recuperação de Pastagens Degradadas, beneficiando mais de 860 pessoas, sendo cerca 670 pessoas (223 famílias) em Três Lagoas e região e 255 pessoas (63 famílias), em Ribas do Rio Pardo, entre produtores rurais e seus familiares.

 Para Israel Batista Gabriel, coordenador de Desenvolvimento Social da Suzano em Mato Grosso do Sul, o projeto une dois pilares essenciais para a empresa: promoção do desenvolvimento social, por meio da geração de trabalho e renda no campo, e conservação ambiental, com o incentivo a práticas sustentáveis de produção. Em processo de expansão em todo o Brasil, o sistema ILPF prevê a produção de diferentes culturas (agrícolas, pecuárias e florestais) dentro de uma mesma área. Esse sistema pode ser feito em cultivo consorciado, em sucessão ou em rotação das culturas.

"Na Suzano, temos um direcionador que diz que só é bom para nós se for bom para o mundo, e o sistema integrado é bom para produtores, que conseguem otimizar o uso da terra, elevando a produtividade em uma mesma área, e para a população, uma vez que une preservação do meio ambiente e produção de alimentos. Esse processo de aumento da produtividade nas propriedades é potencializado pelo sistema de recuperação de pastagens, que contribuem para elevação da produção de leite e qualidade da carne. A implantação adota técnicas de manejo ambientalmente corretas, com baixa emissão de gases causadores do efeito estufa ou mesmo com mitigação desses gases, aliando isso à geração de renda e sustento para as famílias envolvidas", ressalta o coordenador.

Iniciado em 2019 em Três Lagoas e região, o Projeto Rural Sustentável – Cerrado é fruto de parceria entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por meio do recurso do Financiamento Internacional do Clima do Governo do Reino Unido. Além disso, o IABS é responsável pela execução, a Embrapa pela Coordenação Científica e a Associação Rede ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) pelo apoio técnico. Ao todo, são 670 pessoas beneficiadas de comunidades como: o Centro Rural do Arapuá (Três Lagoas), Associação de Produtores de Leite de Brasilândia (Brasilândia) e Associação de Produtores Rurais do Assentamento São Thomé (Santa Rita do Pardo).

A ação contempla assistência técnica, auxílio tecnológico, realização de cursos à distância e oficinas voltadas às famílias das comunidades rurais visando a implantação de sistemas produtivos que integram melhor diversas culturas. Dessa maneira, produtores(as) contam com uma melhor sinergia entre diferentes espécies, auxiliando o controle de pragas, reduzindo a dependência por fertilizantes químicos e gerando uma produção mais sustentável e alinhada com a preservação do Meio Ambiente.

Ribas do Rio Pardo

Já neste ano, a ação foi ampliada para a região de Ribas do Rio Pardo, onde está em construção a nova fábrica da Suzano. Ao todo, serão 63 famílias dos assentamentos Mutum e Avaré contempladas pela parceria, totalizando cerca de 190 pessoas beneficiadas. A iniciativa começou a ser implantada com a aquisição de mudas, insumos e envio de assistência técnica especializada para criar um banco de reserva alimentar para manutenção e melhor manejo de rebanhos e aumento da produtividade do gado leiteiro.

"Essa técnica é uma ótima alternativa para não dependermos apenas do pasto. Nós acreditamos que com esse aprendizado a renda dos moradores associados melhore, dando assim um pouco mais de dignidade às famílias inscritas no projeto. Minha expectativa agora é que possamos fazer disso aqui nosso sustento", afirma Sebastião Landim, presidente da Associação Amigos em Ação de Mutum e Avaré.

Mais renda

A expectativa é compartilhada também por produtores rurais de Três Lagoas e Brasilândia. Antes desanimados com o mercado do leite e da carne, cerca de 50 produtores rurais que integram a Associação de Produtores de Leite de Brasilândia começaram a enxergar novas possibilidades desde que os técnicos do Projeto Rural Sustentável – Cerrado e da Suzano começaram a visitar as propriedades. "Estamos fazendo reformas nos pastos, recebemos ensiladeira para a produção de alimentos para o gado em época de seca e estamos aprendendo bastante com o apoio dos técnicos. Esperamos, com isso, aumentar a qualidade dos nossos produtos e comercializar por melhores preços", comenta Paulo Modesto, presidente da Associação de Produtores Rurais do Assentamento São Thomé.

O projeto, acrescenta Israel Batista, está alinhado às metas de longo prazo da Suzano. Entre elas, a de mitigar o problema de distribuição de renda e a de ser ainda mais climate positive (positiva para o clima). "A Suzano assumiu os compromissos públicos de retirar 200 mil pessoas da linha da pobreza nas áreas de atuação da empresa e a de remover 40 milhões de toneladas de carbono da atmosfera até 2030. O Projeto Rural Sustentável – Cerrado vem ao encontro dessas duas metas. Estamos gerando trabalho, renda, fortalecendo a cadeia agropecuária e ainda reduzindo a emissão de gases que causam o efeito estufa", reforça.

Sobre o Projeto Rural Sustentável - Cerrado

Presente em 101 municípios do bioma Cerrado, distribuídos em quatro estados brasileiros (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais), desde 2019, o Projeto Rural Sustentável – Cerrado tem como objetivo mitigar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e aumentar a renda de pequenos(as) e médios(as) produtores(as) no bioma, com a adoção de tecnologias produtivas de baixa emissão de carbono: a ILPF e a Recuperação de Pastagens Degradadas (RPD). Os sistemas integrados que utilizam o componente florestal são priorizados pelo Projeto, por promoverem aumento da produtividade no campo ao trabalhar produção e conservação ambiental de forma integrada.   Rodrigo Almeida 

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