Semana com pouca oferta de gado, e arroba tem viés de alta
O mercado físico do boi gordo parece consolidar uma fase de reabilitação esperada há tempos, relatam os analistas da Agrifatto.
“Os pecuaristas seguem liberando os bovinos de forma comedida para sustentar a valorização da arroba obtida nas últimas semanas”, destaca a consultoria.
Enquanto isso, continua a Agrifatto, o mercado opera com a demanda aquecida e pressão altista em todas praças monitoradas.
“Com a retração de oferta de bovinos terminados, as indústrias encontram dificuldades no alongamento dias escalas para além de sete dias de abate, na média nacional”, acrescentam os analistas.
Segundo apuração da S&P Global Commodity Insights, embora o volume de negócios tenha avançado de forma esparsa, a terça-feira (26/9) foi marcada por altas generalizadas nos preços do boi gordo.
“A dificuldade de originar (comprar) lotes de animais terminados em volumes mais expressivos aumentou e começa a impactar negativamente no andamento das escalas de abate das unidades frigoríficas brasileiras”, justifica a S&P Global.
O avanço da entressafra do boi, associado ao longo período de altas temperaturas em áreas pecuárias, tem reduzido o peso dos animais”, observa a S&P Global.
Ao mesmo tempo, o alojamento de boiada em confinamento foi menor neste ano, principalmente para o segundo giro.
“Boa parte das estratégias de terminação no cocho ocorreu por meio de parcerias realizadas entre pecuaristas e indústrias”, relata a consultoria.
Com isso, em regiões com menor cobertura de lotes oriundos de confinamento ou boiteis, os frigoríficos são obrigados a sinalizar valores mais elevados para estimular novos negócios envolvendo animais terminados.
Porém, enfatizam os analistas da S&P Global, os poucos pecuaristas com lotes disponíveis para negociar buscam barganhar melhores condições de preço, tentando aliviar o caixa e os prejuízos gerados pelo aperto das margens operacionais.
Pelos dados da Scot Consultoria, o boi “comum” (destinado ao mercado interno) está sendo negociado em R$ 220/@ no mercado de São Paulo, enquanto a vaca e a novilha gordas são vendidas por R$ 190/@ e R$ 215/@ (preços brutos e a prazo).
A arroba do “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses de idade) está cotada em R$ 230 (base SP), no prazo, valor bruto – um ágio de R$ 10/@ sobre o animal terminado “comum”.
Cotações máximas de machos e fêmeas na terça-feira, 26/9
(Fonte: S&P Global)
SP-Noroeste:
boi a R$ 219/@ (prazo)
vaca a R$ 199/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 217/@ (à vista)
vaca a R$ 182/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 217/@ (prazo)
vaca a R$ 187/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 187/@ (prazo)
vaca a R$ 172/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 182/@ (à vista)
vaca a R$ 170/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 182/@ (à vista)
vaca a R$ 167/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 207/@ (prazo)
vaca R$ 187/@ (prazo)
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