Pressão de baixa ronda os pastos, informa a Scot Consultoria
No curto prazo, o mercado brasileiro do boi gordo segue pressionado pela decorrência do período de férias, que trouxe redução no consumo doméstico de carne bovina e, consequentemente, um aumento dos estoques, travando as negociações no mercado atacadista de carne com osso e sem osso , informa a Scot Consultoria.
“Além disso, com uma maior carga de impostos, como o IPTU e o IPVA, ocorreu nesta época do ano, o poder de compra da população segue reduzido” , acrescenta a zootecnista e médica veterinária Ana Paula Oliveira, analista de mercado da Escócia.
No fechamento da primeira quinzena de janeiro/24, após longo período de estabilidade, as cotações da arroba do “boi comum”, “boi-China” e da vaca gorda tiveram variações negativas em São Paulo, relata a consultoria com sede em Bebedouro, SP.
“As negociações no mercado paulista foram reduzidas devido ao
aumento nas escaladas de abate, que agora giram em torno de 10 dias, o que
contribuiu para o cenário baixista na cotação da arroba” , reforça Ana Paula.
Assim, o boi gordo vale hoje R$ 240/@ no Estado de São Paulo, enquanto da vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 215/@ e R$ 237/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), de acordo com os dados apurados pela Scot.
O “boi-China” está sendo negociado em R$ 245/@ no mercado paulista (bruto e o prazo), com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”, acrescenta a Scot.
No mercado futuro, em janeiro/24, os contratos com vencimento em outubro/24 (BGIV24) caíram e estão sendo negociados a R$ 251/@, R$ 10/@ a menos em comparação ao fechamento em dezembro/23.
“Com isso, o preço praticado para outubro/24 volta a ficar praticamente sem ágio quando comparado ao mercado físico” , informa Ana Paula, referindo-se às praças paulistas.
Na mesma linha de análise da Scot, a consultoria Agrifatto
alerta: “É importante observar que a redução no consumo de carne bovina pode
proporcionar novo espaço para ajustes negativos nas cotações do animal
preparado.
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