No Dia Mundial do Leite, dados mostram que estado tem muito a melhorar
No dia em que o Mato Grosso do Sul celebra o Dia Mundial do Leite, representantes do Governo Estadual, da Assembleia Legislativa e da cadeia produtiva do setor participaram, na manhã desta quinta-feira (1), na Casa de Leis, do Milk Break, um café da manhã para comemorar a Semana Sul-Mato-Grossense do Leite.
Participaram do encontro os deputados estaduais Junior Mochi (PMDB), Professor Rinaldo (PSDB), Beto Pereira (PSDB) e Flavio Kayatt (PSDB), o secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Ricardo Senna, o diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Enelvo Felini, o coordenador da Câmara Setorial do Leite e diretor do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Mato Grosso do Sul (Silems), Lineu Pasqualotto, a coordenadora de Agricultura Familiar da Secretaria de Estado Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Ariany Monaly Monteiro, o secretário Executivo da Câmara Setorial, Orlando Cammy, e produtores.
De acordo com dados apresentados pela Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), o cenário leiteiro de Mato Grosso do Sul já teve dias melhores tanto na produção quanto no processamento do produto. Atualmente, 30% dos laticínios estão de portas fechadas no Estado.
O estudo realizado pela Agraer, em conjunto com a (Semagro) também fez um comparativo de produção com países com extensões territoriais menores do que o Mato Grosso do Sul. O levantamento apontou que na Nova Zelândia são produzidos 200 litros de leite por quilômetro, enquanto que no estado sul-mato-grossense a produção máxima chega a 30 litros por quilômetro.
Dentro das 27 unidades da federação, o estado está em 15º lugar em consumo do produto, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). “Isso demonstra o grau de gargalos que nós temos dentro da cadeia produtiva. Por isso temos de ser mais agressivos para buscar, comprar e fomentar o leite nas regiões próximas aos laticínios ou vamos ter um desequilíbrio muito forte”, destacou Felini.
Ainda segundo ele, a solução é a redução nos custos com o transporte do produto do curral até os laticínios. Os laticínios precisam de incentivos para que possam também fomentar os pequenos produtores das zonas rurais mais próximas para se inserirem dentro da cadeia produtiva do leite. “A Agraer já vem fazendo a sua parte, estamos com técnicos qualificados trabalhando maciçamente com produtores no melhoramento de pastagem e genética do rebanho. Contudo, a interação das empresas é de extrema importância”, garantiu.
De acordo com o secretário-adjunto da Semagro, um dos caminhos a ser trilhado é desenvolver uma política pública bem estruturada para bem atender o pequeno produtor rural com assistência técnica, capacitações e tecnologia. “Primeiro que precisamos olhar para uma perspectiva mais macro, ou seja, olhar a diversificação da produção. Se tem um antídoto para a crise financeira é uma economia robusta, diversificada e avançada do ponto de vista de tecnologia e inovação. A cadeia produtiva do leite representa a possibilidade de consolidar um setor que é predominantemente ocupado por pequenos produtores e que pode se constituir em uma alternativa de desenvolvimento, em especial nos municípios do interior”, destacou Senna.
De autoria do deputado Junior Mochi, a semana tem o objetivo de propor um momento de reflexão da importância do leite na alimentação e economia dos sul-mato-grossenses. Além de expo os desafios e encontrar as soluções para os problemas. “É por isso que a Assembleia Legislativa recebe pelo quarto ano esse encontro, para intermediar a conversa entre o setor para que juntos possamos pensar as políticas públicas a serem implementadas”.
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