Laboratório da UEMS pesquisa melhoria genética para gado de corte e de leite
Em funcionamento desde 2013, o laboratório de pesquisa e melhoramento genético de gado da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) tem conseguido resultados bastante interessantes para o avanço da qualidade dos bovinos. Feitas em parceria com a Embrapa Gado de Corte, a unidade realiza análises nas raças Nelore, Girolando e Pantaneira de reprodução somente das melhores espécies visando conhecer o efeito do estresse pelo calor – das condições tropicais – sobre a reprodução da biotecnologia da reprodução de bovinos adaptados.
“Essas três raças são adaptadas ao calor e nós queremos ver até que ponto elas são adaptadas, o que podemos fazer para melhorar ainda mais o desempenho. Porque dentro da pecuária, nosso Estado tem um grande destaque. Somos muito bons no que fazemos, mas ainda temos muito espaço para melhorar. Então, temos buscado alternativas que nos permitam ultrapassar esse limite para melhorar ainda mais a nossa produtividade”, explica a professora responsável pelo laboratório, Fabiana de Andrade Melo Sterza.
O trabalho realizado possui o intuito de melhorar a adaptabilidade só por cruzamento. A unidade não realiza modificação genética. “Estas biotécnicas para o melhoramento são tanto para linha de corte como de leite”, destaca a professora.
Para o nascimento dos bezerros, o Grupo de Pesquisa em Tecnologias da Reprodução Animal (Gentra) – do qual faz parte os pesquisadores -, fez parceria, desde 2015, com Cláudio Zottesso, proprietário da Fazenda São Judas Tadeu. Na fazenda também são feitas várias avaliações dos efeitos na produção nas vacas prenhes e impactos do estresse térmico.
“A relação com a Universidade influenciou positivamente a rotina da fazenda, com a convivência e amizade com professores e acadêmicas, viramos uma grande família. Parece que os conhecimentos vão abrindo a cabeça de todos os envolvidos. Com o melhoramento da tecnologia, os funcionários percebem que tem que se organizar mais, para que com o acompanhamento os resultados das pesquisas sejam positivos. Ou seja, quanto mais capricho, mais acertos e melhores resultados, é preciso trabalhar com responsabilidade”, ressaltou Zottesso.
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