Com o objetivo de resolver o problema provocado pela Petrobras com a paralisação da importação do gás natural boliviano, resultando na redução de quase metade do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) destinados aos cofres estaduais, os governadores de Mato Grosso do Sul Reinaldo Azambuja e de Mato Grosso Pedro Taques e o presidente da Bolívia Evo Morales, acertaram os termos de um acordo que ainda será assinado entre as partes para importação direta do produto boliviano. O encontro aconteceu nesta quinta-feira (5), em Santa Cruz de la Sierra.

 

O evento foi realizado sem a presença de representantes da Petrobras com a anuência do presidente da república Michel Temer e os trâmites seguirão sem a intermediação da estatal. O presidente boliviano mostrou ainda interesse em exportar ureia, matéria prima para fabricação de fertilizante nitrogenado e adubo. O gás natural abastece os polos industriais e usinas termelétricas dos dois estados brasileiros.

 

As negociações serão conduzidas pó uma comissão técnica formada pelos secretários estaduais sul-mato-grossenses de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar Jaime Verruck e de Infraestrutura Marcelo Miglioli, o diretor-presidente da MSGÁS, Rudel Trindade, um representante do Governo de Mato Grosso e pelo ministro boliviano de Hidrocarburos Y Energía Luis Alberto Sanchez Fernández e o  vice-ministro de Industrialização, Comercialização, Transporte e Armazenamento de Hidrocarboneto Oscar Barriga Arteaga.

 

Além da aquisição do produto boliviano, o país fronteiriço solicitou acordos de cooperação e intercâmbio comercial para expansão da produção agrícola e intensificação do comércio bilateral. Os termos contratuais, preço, condições de transporte e armazenamento serão conduzidos pelo presidente da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Boliviano (YPFB) Guilhermo Acha Morales e os dirigentes de empresas de gás dos estados brasileiros.

 

“A reunião foi muito positiva, as autoridades bolivianas foram receptivas a nossa proposta, inclusive, sobre a reativação do ramal na fronteira de Corumbá, que vai levar gás para a termelétrica de Ladário”, disse o governador sul-mato-grossense.

 

A exportação do gás boliviano acelerará os investimentos que o governo estaria fazendo para atender a demanda dos estados do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além do Mato Grosso.

 

"Esses entendimentos vai exigir-nos acelerar os investimentos quanto à exploração para assegurar mais recursos de gás para o bem de nossos povos", disse o presidente boliviano.

 

 

“A reunião foi muito positiva, as autoridades bolivianas foram receptivas a nossa proposta, inclusive, sobre a reativação do ramal na fronteira de Corumbá, que vai levar gás para a termelétrica de Ladário”, disse o governador sul-mato-grossense.

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