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Com uma previsão de mais de 300 mil cabeças de gado acumuladas em todo o Mato Grosso do Sul, a Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) e a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) solicitaram ao Governo do Estado a redução da alíquota do Imposto sobre a Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) para que o produtor pudesse levar os animais para serem abatidos em outros estados. Em reunião realizada na manhã desta quarta-feira (21), a administração estadual atendeu ao pedido das entidades e, a partir de 1 de julho, o valor pago sobre o transporte de animais vivos cairá de 12% para 7%, igualando os números dos estado de São Paulo e Paraná. A diminuição do valor valerá por 90 dias.

A solicitação foi uma alternativa proposta pelas entidades para que o criador pudesse ter condições de vender os animais e gerar renda tanto para o pecuarista quanto para o Estado. Desde a Operação Carne Fraca, realizada pela Polícia Federal em março, passando pela dúvida sobre o a definição de como ficaria o pagamento do Fundo de Apoio ao Trabalhador Rural (Funrural) e chegando as denúncias dos irmãos Wesley e Joesley Batista, donos da JBS, o maior produtor de proteína animal do mundo, que incidiu diretamente no fechamento de plantas frigoríficas e na diminuição de abate de bovinos, os criadores estavam apreensivos com relação ao preço e a venda dos animais.

“Solicitamos esse incentivo ao governo para que o produtor pudesse vender os animais vivos para abate em outros estados. Essa alternativa vai gerar ICMS para o estado, vai manter o emprego dentro da área rural e vai gerar lucro para o criador”, disse o presidente da Acrissul, Jonatan Pereira Barbosa.