Governo quer proibir soja sobre soja no Mato Grosso do Sul
Projeto de Lei apresentado pelo governo do Mato Grosso do Sul estabelece medidas fitossanitárias mais restritivas para o controle da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) naquele Estado. A proposta proíbe a semeadura e o cultivo de soja em sucessão à cultura de soja na mesma área e no mesmo ano agrícola.
Outra medida que pode entrar em vigor é o adiantamento em um mês (de 10 de dezembro para 10 de janeiro) o prazo para o sojicultor cadastrar toda e qualquer área de plantio da leguminosa no MS. O projeto determina que os períodos de semeadura e de vazio sanitário serão estabelecidos em resolução da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
A iniciativa prevê ainda uma definição mais clara de planta voluntária (guacha ou tiguera), como aquela “proveniente do grão de soja que, por qualquer motivo, germine no período estabelecido para o vazio sanitário e pode servir como hospedeira para a sobrevivência e a multiplicação do fungo biotrófico (que só sobrevive e se multiplica em hospedeiro vivo) causador da doença”.
“Tendo em vista que o plantio da segunda safra de soja [soja ‘safrinha’] acarreta pressão de seleção que favorece o surgimento de populações de pragas resistentes às moléculas disponíveis para o seu controle, faz-se necessária a adoção de outra medida de prática de manejo para o controle de doenças na cultura da soja em Mato Grosso do Sul”, justifica o governador do MS, Reinaldo Azambuja.
Elaborado pela Semagro em conjunto com a Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/MS) e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famasul), o projeto deve ser analisado em regime de urgência.
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