O Governo no Estado de Mato Grosso do Sul anunciou, em reunião realizada entre o governador Reinaldo Azambuja e 39 entidades sindicais representantes das categorias, na tarde da última segunda-feira (3), um reajuste linear de 22,94% aos 75 mil servidores do estado ativos e inativos que deverá ser pago a partir de setembro, tendo um impacto de R$ 11 milhões na folha de pagamento. Também participaram do encontro os secretários estaduais de Administração e Desburocratização (SAD) Carlos Alberto e de Governo e Gestão Estratégica (Segov) Eduardo Riedel e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Júnior Mochi.

 

“Nós saímos de uma folha de pagamento em 2014 de R$ 3,9 bilhões para uma folha em 2016 de R$ 5,3 bilhões. Isso foi para o servidor, nas suas representações, categorias, progressões, promoções que ficaram mais de dez anos paralisadas por governos anteriores. São poucos os estados que estão cumprindo com as suas obrigações de pagamento”, ressaltou Azambuja.

 

Além do impacto na folha de pagamento, o Governo ajustou o percentual em cima da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e do cumprimento a Lei Complementar 156, que prevê contenção de gastos como contrapartida ao alongamento da dívida dos estados com a União, votada no ano passado em Brasília (DF).

 

Desde que iniciou a administração, o governador Reinaldo Azambuja concedeu mais de 15 mil promoções e outras 12 mil progressões funcionais. Foram também realizados cursos de formação para milhares de militares, como ferramenta para progredirem na carreira.

 

“Nenhum estado brasileiro deu qualquer tipo de reajuste. Mato Grosso está dando para 2018/2019. Então, nós estamos pedindo responsabilidade. O Governo está atento nesse momento. Pedimos aos nossos servidores tranquilidade porque é a maior crise que o Brasil já vivenciou. Então, nós estamos conseguindo avançar em conquistas específicas. Mas, no momento, o reajuste geral maior que esse não é possível porque põe em risco a saúde financeira do Estado”, afirmou o secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel.

 

Em relação à política salarial, foram feitas correções de distorções salariais, com reajuste em tabelas, com incorporação de benefícios proporcionando ganhos de 5% a 45% na remuneração de várias categorias. No caso dos professores, somados, os reajustes concedidos em 2015 e 2016 elevaram em até 41% os salários. Já os abonos salariais de R$ 100 a R$ 250 garantiram ganhos reais de até 25% para as categorias com menores salários. O valor das diárias também foi corrigido em 33%, após 3 anos sem reajuste.

 

Apesar do anúncio, os servidores não gostaram do reajuste e estão propondo uma greve geral para que o Governo possa elevar os números. De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis de MS (Sinpol-MS), Giancarlo Miranda, a perda da categoria sobre a inflação ultrapassa os 20%.

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