O  Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais (Lasa), do departamento de meteorologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), identificou que  somente nos nos primeiros 13 dias de junho,  o fogo atingiu 135.675 hectares no pantanal sul-mato-grossense.

Com 44.100 hectares destruídos pelo fogo somente na quinta-feira (13), ou 30,6 hectares por minuto, o pantanal em Mato Grosso do Sul enfrenta o pior junho desde quando começou o monitoramento dos focos de incêndio pelo Laboratório, em 2012. 

Ou seja, em 13 dias o estrago foi 472% maior que ao longo dos 30 dias de junho de 2020, maior incêndio já registrado no Pantanal. E dia após dia a situação piora. No dia 10, conforme dados dos satélites, o fogo destruiu 7,8 mil hectares. No dia seguinte, foram 11,5 mil hectares. Já no dia 12, a devastação mais que dobrou e atingiu 29.875 hectares. 

E os números deixam claro que a situação segue fora de controle, pois no dia 13 a área devastada chegou a 44,1 mil hectares. Só nas últimas 48 horas, conforme o Inpe, no município de Corumbá, onde esta a maior parte do pantanal, foram registrados 244 focos de calor. 

São mais focos do que o número de bombeiros que estão atuando no combate. Conforme informação da corporação divulgada neste sábado, são 96 homens dos bombeiros que estão na região. 

De acordo com o Comando Militar do Oeste, em torno de 90 militares também entraram na operação nesta sexta-feira, mas eles estão concentrados em apenas um local, próximo ao Forte Coimbra. 

Os 135,6 mil hectares destruídos em 13 dias representam quase 50% de tudo aquilo que foi atingido desde o começo do ano, 296 mil hectares, o que representa 3,04% do bioma no Estado. Porém, o período crítico está somente no começo e o pior ainda está por vir, já que o volume de chuvas até o começo de outubro normalmente é insignificante.  

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