Disparada no preço da arroba do boi chega com força à inflação
Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 1,30% em novembro, após registrar avanço de 1,52% em outubro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (28) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado superou a expectativa de analistas, que previam alta de 1,18%. No acumulado de 12 meses, o índice registra aumento de 6,33%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% do IGP-M e reflete a variação dos preços no atacado, subiu 1,74% no mês, ante 1,94% no período anterior. Segundo Matheus Dias, economista do FGV IBRE, "semelhante ao mês de outubro, a alta do IGP foi influenciada por commodities agropecuárias. No IPA, os principais destaques foram a carne bovina, o milho e a soja". Entre os itens avaliados no IPA, a variação nos preços de bovinos subiu de 11,33% em outubro para 13,57% em novembro, enquanto o aumento da carne bovina foi de 8,72%, ante 12,33% no mês anterior.
Os preços da soja avançaram 4,80% (de 4,63%), enquanto o milho acelerou para 8,85% (de 6,87%). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-M, registrou alta de 0,07% em novembro, abaixo dos 0,42% observados em outubro. Houve recuo em categorias como Habitação (de 1,35% para -0,93%), Despesas Diversas (de 1,08% para 0,49%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,35% para 0,16%) e Vestuário (de 0,23% para 0,04%). Por outro lado, os custos de Alimentação avançaram de 0,13% para 1,01%, e Transportes passaram de -0,12% para 0,14%.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que tem peso menor no cálculo geral, subiu 0,44% em novembro, após avanço de 0,67% em outubro. O IGP-M mede a variação de preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
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