Corredor ferroviário pode ser alternativa de escoamento da produção do MS
Uma nova proposta de local para que os produtores sul-mato-grossenses possam exportar seus produtos foi apresentada ao governador de Mato Grosso do Sul Reinaldo Azambuja durante encontro com autoridades bolivianas em Corumbá. Trata-se de uma ligação ferroviária entre Santos e Ilo, a capital e a maior cidade portuária do Departamento de Moquegua, localizado no sul do Peru.
Essa rota permite que haja uma maior integração no Mercosul, aumentando a competitividade dos produtos na Argentina, Paraguai e Peru. Além disso, proporciona importantes parcerias comerciais entre as nações, garantindo uma forte relação comercial entre o Estado e os países.
A proposta foi levada por Azambuja para Brasília com o objetivo de entregar o estudo ao ministro das Relações Exteriores, José Serra, para análise. O governador ainda retomará as conversas com a União e a concessionária para recuperação da ferrovia que liga Três Lagoas e Corumbá.
“Com essa nova rota ganharemos mais competitividade e parte desse corredor já pode ser usado para exportar e importar”, destacou Azambuja, lembrando que o corredor terá 3.700 quilômetros, sendo que 80% já existe, e para terminar todo o trajeto, faltam 200 km no território boliviano.
Por outro lado, a ALL/Rumo, concessionária que administra as ferrovias de parte do Brasil, não possui interesse algum em recuperar a ferrovia por dizer que ela não possui rentabilidade alguma para a empresa e para os Estados. O representante do Ministério das Relações Exteriores, João Carlos Parkinson de Castro, disse que o governo nacional irá cobrar a empresa para que possa tomar ações que melhorem a infraestrutura ferroviária em todo o país.
Dentre todas as opções de rotas apresentadas ao governo do Mato Grosso do Sul, Azambuja destaca que está é a mais viável. “Pela infraestrutura já existente e a interconexão com vários países. É o futuro da integração da América Latina”.
0 Comentários