No dia mundial do meio ambiente, comemorado ontem (5), o Governo do Estado realizou um evento que contou com a presença do relator do Código Florestal Brasileiro, o ex-deputado federal e ex-Ministro de Estado, Aldo Rebelo, com o objetivo de debater a importância da lei nacional e das ações de conscientização que estão sendo desenvolvidas pela administração estadual, como o incentivo ao registro no Cadastro Ambiental Rural (CAR), maior fiscalização nas empresas e nos rios e melhoria do licenciamento ambiental.

 

Participaram do evento também o governador de Mato Grosso do Sul Reinado Azambuja, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS) Junior Mochi, o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) Jaime Verruck, o secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica Eduardo Riedel, o diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) Ricardo Éboli, o presidente da Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul) Maurício Saito, e autoridades políticas e da área de produção e meio ambiente.

 

A preservação do meio ambiente é uma ação que deve ser realizada a cada dia para evitar problemas futuros. As políticas desenvolvidas pelo Governo do Estado de boas práticas ambientais e de sustentabilidade, em parceria com o setor acadêmico e com o Imasul estão resultando em um estado com carbono neutro. “Esse é um trabalho de toda a sociedade. É possível que MS seja o primeiro estado da federação brasileira a ter um equilíbrio entre a emissão e a absorção do CO2 dentro do MS. Isso é um avanço enorme”, destacou o governador.

 

Ele ainda ressaltou que está discutindo ações em parceria com o Mato Grosso para cuidados com o Pantanal. “Não é possível ter uma linha imaginária que divide o Pantanal em dois estados. A ONU estipulou que esse é o ano do turismo sustentável, e a conversa com Pedro Taques resultou em um trabalho que está sendo discutido no Congresso. Estamos discutindo para termos um avanço em uma legislação que possa ser comum aos dois estados. Não dá para fazer essa separação”, ressaltou.

 

Para Rebelo, o Código Florestal foi um trunfo importante que o país apresentou ao mundo na conferência de Paris, já que a lei assegura a combinação da defesa da natureza com a da produção. O Brasil é o país do mundo que mais protege vegetação nativa com cerca de 70% de todo o território preservado.

 

“É um trunfo por duas razões: primeiro porque define a existência dessas categorias que o mundo desconhece, como a reserva legal. Isso é uma coisa do Brasil. O outro trunfo é que o produtor precisa completar a área de mata ciliar ou de reserva legal nas propriedades”, explicou.

 

Para entender como a produção brasileira funciona, Rebelo contou que percorreu o país todo, passando por pequenas vilas formadas por pessoas que saíram dos seus estados para desmatar e produzir em outras regiões do país, com incentivos do governo federal. “Discutimos com órgãos ambientais dos municípios, dos estados, da união, com as universidades, ONGs, gestores de meio ambiente e nessa jornada nós percorremos o Brasil inteiro. O meio ambiente precisa ser protegido, principalmente porque muitos abusos, por ignorância ou por ambição, foram cometidos. Agora o meio ambiente não é uma coisa absoluta. Ele tem que estar relacionado com outras necessidades das pessoas. A produção de alimentos é uma coisa muito importante”, disse.

 

Durante o encontro, foi assinada também a implantação de uma área de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), em Camapuã, e foi encaminhando para a Assembleia Legislativa uma proposta de lei para promover o conhecimento e a divulgação de ações aos alunos da rede pública de ensino, com o intuito de conscientizar crianças e jovens sobre a importância da preservação do meio ambiente.

 

A conscientização ambiental foi destacada por Mochi quando lembrou que há 30 ou 40 anos atrás não havia políticas voltadas para o cuidado com o meio ambiente e nem a questão ambiental tinha um apelo tão grande diante da sociedade. Com isso, atos praticados naquela época estão sendo sentidos agora. Ele também elogiou a intenção de desenvolver essa consciência nas crianças e jovens do estado. “Essa política de educação ambiental vai fazer com que as pessoas possam, principalmente nossas crianças, terem a dimensão exata da importância de cada um de nós cumprirmos o nosso papel, fazermos a nossa parte para que possamos reerguer da situação em que nós nos encontramos”, disse.

 

A parceria com a Secretaria de Estado da Educação prevê bons resultados em longo prazo, de acordo com Verruck. “O futuro depende da capacidade que o governo tem de gerar educação ambiental e para isso a secretaria de educação vai ser uma grande parceira. Vamos começar a educação ambiental com as crianças”, destacou.

 

O secretário ainda destacou que a intenção do governo é descentralizar mais para que os municípios possam adquirir mais competência na questão ambiental para que no futuro o Estado e o Imasul tenham um papel muito mais na gestão de recursos rurais do que na questão de licenciamento e, principalmente, o monitoramento e a fiscalização.

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