Areá na Amazônia pode ter sido lar de um milhão de pessoas
Áreas da Amazônia que antes se acreditava terem sido desabitadas podem ter sido o lar de até um milhão de pessoas nos séculos anteriores à chegada de Cristóvão Colombo, segundo uma nova pesquisa arqueológica.
Cientistas da Grã-Bretanha e do Brasil descobriram evidências de centenas de aldeias fortificadas na floresta tropical longe dos principais rios - áreas até então consideradas intocadas pela civilização humana antes da chegada dos europeus, no final do século XV.
As conclusões, publicadas nesta terça-feira na revista científica Nature Communications, chegam após a descoberta de extensas obras de terraplanagem e fortificações em outra região do Brasil, na fronteira com o Peru. Os pesquisadores agora acreditam que essas habitações pré-colombianas podem se estender por uma área de 400.000 quilômetros quadrados, e podem ter sido o lar de 500.000 a um milhão de pessoas.
A descoberta de 81 novos sítios arqueológicos que datam de 1250-1500 - entre eles 104 grandes terraplanagens geométricas - foi baseada em parte em imagens de satélite.Escavações em 24 locais descobriram cerâmicas, machados de pedra polida e amostras de solo fertilizado, assim como antigos poços de lixo, chamados de sambaquis.
Analisando os restos de carvão e cerâmica escavada, os pesquisadores descobriram que um trecho de 1.800 quilômetros do sul da Amazônia esteve continuamente ocupado de 1250 até 1500 por pessoas que viviam em aldeias fortificadas.
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