Ao longo desta semana, os frigoríficos brasileiros aumentaram a pressão para reduzir os preços do boi gordo, porém, tais tentativas não tiveram sucesso. 

As cotações da arroba fecharam a semana com estabilidade na maioria das praças brasileiras, com perspectivas de volta do movimento de alta ao longo de agosto/24, apostam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.

Segundo a Agrifatto, para a primeira quinzena do próximo mês, que abrange o período de pagamento de salários e benefícios sociais, o retorno às aulas e o crescimento da demanda no Dia dos Pais, a expectativa é de uma movimentação comercial consistente no mercado doméstico da carne bovina.

 

“A tendência aponta para preços firmes, bem sustentados e com a possibilidade de ajustes positivos nas cotações de vários produtos com ossos destinados ao consumo direto”, prevê a Agrifatto. 

A maior procura dos consumidores pela carne bovina pode incentivar a busca dos frigoríficos pela matéria-prima (boiadas gordas), elevando, assim, os valores pagos pela arroba. 

A expectativa é que as cotações da arroba se mantenham firmes ao longo de agosto”, destaca a Agrifatto, que também não descarta a retomada do viés de alta nos preços do boi no curto prazo. 

Porém, observa a consultoria, fatores como redução nos abates de fêmeas e a oferta de animais do segundo giro de confinamento serão importantes para o comportamento dos preços do boi gordo daqui por diante. 

Segundo dados apurados pela Scot Consultoria, a oferta de boiadas mais enxutas, a demanda para a exportação aquecida e o bom desempenho das vendas no atacado têm sustentado as cotações do boi em São Paulo. 

Dessa forma, a arroba do animal paulista segue apregoada em R$ 227, a da vaca em R$ 202 e a da novilha em R$ 217. O “boi-China” está sendo negociado em R$ 230/@, com ágio de R$3/@ sobre o boi gordo “comum”. 

De acordo com a Scot, com a finalização do mês de julho, as cotações de todas as categorias subiram em comparação aos valores de junho/24, com alta de 2,9%, 2,6%, 2,2% e 1,5% para o “boi China”, boi “comum”, vaca e a novilha, respectivamente.

“A expectativa de melhora no escoamento de carne com a entrada de agosto e o Dia dos Pais deve resultar em preços maiores no mercado atacadista, colaborando para incrementos na arroba bovina”, ressaltam os analistas da Scot.

 

Porém, alerta a consultoria (repetindo a orientação dos consultores da Agrifatto): a uma maior atenção deve ser dada em relação “ao volume de bovinos da saída do primeiro giro de confinamento”.

 

Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na quarta-feira (31/7):

São Paulo — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$230,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abates de onze dias;

Minas Gerais — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$2108,00. Escalas de abate de nove dias;

Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$230,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de oito dias;

Mato Grosso — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias;

Tocantins — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de onze dias;

Pará — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de nove dias;

Goiás — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de oito dias;

Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de treze dias;

Maranhão — O boi vale R$200,00 por arroba. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de dez dias;

Paraná — O boi vale R$230,00 por arroba. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de oito dias.

Por: Denis Cardoso

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