O anúncio da construção da usina de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo gera, além de mudanças na economia e infraestrutura no município, muita expectativa. Para entender melhor o que deve mudar na cidade, a 97 quilômetros de Campo Grande, as autoridades municipais, estaduais e especialistas traçam um paralelo com Três Lagoas, que passou pela mesma mudança e cresceu a partir de investimentos de indústrias.

O empreendimento, anunciado há cerca de 10 dias, deve ter investimento de mais de R$ 14 bilhões, com a fábrica tendo capacidade de produção de 2 milhões e 300 mil toneladas de celulose por ano. Cerca de 10 mil empregos devem ser gerados durante a construção da usina, que deve ter suas obras concluídas em 2024.

 

A chegada da fábrica também deve mudar o panorama da economia do município, hoje basicamente sustentada pelo setor de agropecuária, com predomínio de criação de gado, mas havendo também o extrativismo de resina e carvão, com uma indústria siderúrgica. O PIB de cerca de R$ 868 milhões, segundo o IBGE, dependente praticamente todo do agro, deve aumentar consideravelmente com o investimento em indústrias.

 

Segundo o prefeito de Ribas do Rio Pardo, João Alfredo (PSOL), o município deve "nascer de novo". A prefeitura estima que, até 2024, a população deve saltar de 25 mil para 32 mil habitantes. "Teremos um incremento na receita, de 2 vezes e meia a três vezes mais de recursos que chegarão aos cofres públicos, com um significativo aumento do PIB", afirmou o prefeito.

Novas empresas

Segundo a Secretaria Municipal de desenvolvimento de Ribas, só neste ano a cidade recebeu cerca de 40 pedidos de empresas interessadas em se instalar na cidade. Pelo menos quinze deles surgiram após o anúncio oficial da construção da fábrica de celulose. (Da Redação)


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